A mudança climática, que envolve o aquecimento da atmosfera, poderia aumentar o nível de atividade física nos Estados Unidos, com uma consequente melhoria na saúde da população, aponta um estudo publicado nesta segunda-feira (24) na revista “Nature Human Behaviour”.
Um grupo de cientistas da universidade americana de Harvard, liderado por Nick Obradovich, aponta que, embora em geral está previsto que a mudança climática tenha um impacto social negativo, poderia ter um efeito contrário para sobre o estado físico dos cidadãos dos EUA.
Estes especialistas concluem que “o aquecimento durante este século poderia incrementar a rede de atividades físicas recreativas, o que por sua vez traria muitos benefícios fisiológicos e psicológicos do exercício”.
Os cientistas dizem que o impacto positivo da mudança climática na atividade física provavelmente “não seria benéfico uniformemente em todo o mundo”, pois os países com climas mais quentes e com menos acesso ao ar condicionado “poderiam ver uma redução líquida da atividade”.
Para chegar a suas conclusões, os cientistas analisaram os dados de exercício recreativo de 1,9 milhão americanos entre 2002 e 2012, junto com dados diários sobre o clima.
Ficou demonstrado, portanto, que as temperaturas frias ou muito quentes, bem como a chuva, têm o efeito de reduzir o nível de atividade física.
Posteriormente, combinaram suas estimativas de atividade física passada com modelos de clima e projetaram os possíveis efeitos da mudança climática na atividade física em 2050 e 2099.
Os autores constataram que o aumento previsto da temperatura atmosférica “provavelmente fará aumentar o nível geral de exercício em todos Estados Unidos”.
Os especialistas indicam que este aumento se produziria sobretudo nos “os meses mais frescos do ano, e particularmente nos estados do norte, enquanto provavelmente haveria uma queda nos meses de verão, especialmente nos estados do sul”. (Fonte: Terra)