Ibama e PM recuperam escorpiões importados ilegalmente da África por jovens de MG

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a Polícia Militar (PM) de Meio Ambiente de Uberaba recuperaram nesta quarta-feira (14) uma encomenda dos Correios com 60 escorpiões-imperador (Pandinus imperator). Os animais que saíram da Nigéria foram colocados em uma caixa, como correspondência.

Ao chegar ao Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, no dia 5 de junho, foi descoberto através do sistema de raio-x, que dentro do pacote estavam 13 escorpiões vivos e 47 mortos. Um força-tarefa foi feita com auxílio dos Correios e a caixa foi entregue ao destinatário original, na cidade do Triângulo Mineiro.

Desde que os animais foram interceptados, as autoridades policiais começaram uma investigação constatou que a correspondência, que saiu da África no dia 24 de abril, seria levada para um técnico em veterinária, de 24 anos, e um estudante de biologia, de 22. Eles foram encaminhados à Polícia Federal, onde foram ouvidos e liberados. Os jovens admitiram que iam vender ou trocar os escorpiões.

“Eles responderão pelo crime de introdução da espécie escorpião-imperador em território brasileiro. A pena prevista é de três a seis meses (de reclusão) e eles assinaram um termo e foram liberados. O Ibama efetivou uma multa de cerca de R$ 200 mil pelo ilícito praticado”, explicou o delegado da Polícia Federal, Luiz Carlos de Oliveira.

A reportagem não conseguiu confirmar com o Ibama para onde os animais foram levados.

Escorpião-imperador – O escorpião-imperador, espécie típica da floresta tropical da África, é um dos maiores escorpiões do mundo. As fêmeas ficam grávidas por até nove meses e dão à luz os filhotes vivos, porém, sem o exoesqueleto.

Os aracnídeos nascem macios e com a coloração branca, e andam ao redor da mãe até a primeira troca de exoesqueleto. Muitas pessoas costumam adotar exemplares de escorpião-imperador como bichos de estimação, já que eles brilham no escuro e são sociáveis, com vida útil entre cinco e oito anos. (Fonte: G1)