No Brasil, surgiu uma novidade importante no combate ao vírus da zika, que é transmitido pelo mosquito Aedes Aegypti. Os pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz, em Pernambuco, investigavam um antivírus para uma doença de cachorro, que é muito grave e contagiosa, a cinomose. A eficácia da substância química 6MMPr foi tamanha que eles resolveram testá-la no vírus da zika.
Nesta quarta-feira (16), depois de um ano de estudos, eles revelaram que a substância foi muito eficaz para impedir a reprodução do vírus.
“Essa substância age inibindo, diminuindo a replicação do vírus depois que as células foram infectadas e provavelmente ela vai inibir uma proteína do vírus que é relacionada a replicação”, explicou a pesquisadora da Fiocruz, Daniele Mendes Féliz.
Os pesquisadores testaram, em um laboratório, células dos rins de macacos e células do sistema nervoso de pessoas, em dosagens mais e menos concentradas por períodos diferentes. O resultado foi promissor.
“Nós detectamos uma eficácia de 99,6%, que é algo realmente robusto para a atividade de uma substância antiviral”, disse o pesquisador da Fiocruz Lindomar Pena.
A substância foi testada em células que já estavam infectadas pelo vírus da zika e também em células antes da infecção se desenvolver, como se fosse uma vacina, e funcionou nos dois casos.
A próxima etapa é de testes em animais e, depois, nos seres humanos.
Até junho de 2017, foram registrados mais de 13 mil casos de zika em todo o país. Nas mulheres grávidas, a infecção pode causar a síndrome congênita do vírus da zika, que já foi responsável pelo nascimento de quase três mil bebês com microcefalia desde a epidemia da zika em 2015. (Fonte: G1)