Intensas chuvas que atingem a Costa Rica deixaram dois mortos e ao menos seis desaparecidos, enquanto comunidades inteiras ficaram isoladas e estradas bloqueadas, anunciaram as autoridades.
O governo ordenou a suspensão de aulas em todas as escolas do país e liberou os funcionários dos serviços públicos não essenciais, enquanto os grupos que prestam socorro se dividiam por todo o território buscando atender emergências.
“A chuva causou impactos em todo o país, especialmente no Pacífico norte e central, além do Vale Central. Temos a confirmação de ao menos dois falecidos e várias pessoas desaparecidas que estão sendo procuradas pelos socorristas”, declarou o presidente Lios Guillermo Solís, durante coletiva de imprensa.
As vítimas fatais são trabalhadores agrícolas da Nicarágua que viviam em uma propriedade na região de Llano Grande, em Cartago.
Foram notificados desaparecidos em diferentes zonas do Pacífico e ao sul do país.
Na Nicarágua, o governo ordenou a suspensão de aulas em todo o território nacional, que é mantido sob alerta amarelo de prevenção a possíveis resultados da tempestade, anunciou o assessor presidencial para assuntos relacionados à educação, Salvador Vanegas.
As chuvas são causadas pela tempestade tropical Nate em sua passagem pelo Caribe, que na manhã desta quinta-feira (5) se localizava em Puerto Cabezas, Nicarágua, disse Juan Carlos Fallas, diretor do Instituto Meteorológico Nacional da Costa Rica.
Ele informou que o mau tempo continuaria até a sexta-feira (6), enquanto que a província de Guanacaste, uma das mais afetadas pelas inundações, continuaria sentindo os seus efeitos até sábado (7).
O aeroporto internacional da província de Guanacaste, um dos principais na recepção de turistas, manteve as suas operações, ainda que tenham sido cancelados voos procedentes de Atlanta e Houston, nos Estados Unidos, assim como todos os voos internos até esse local, informou o governo.
Mais de 80 albergues foram habilitados na Costa Rica e estima-se que mais de 5.000 pessoas devam abandonar as suas casas devido às inundações ou por risco de desabamento, como indicou Iván Brenes, diretor da Comissão Nacional de Emergências (CNE).
A CNE disse ter recebido mais de 8.700 notificações a respeito de incidentes por inundações, deslizamentos e fortes formações de ondas no Pacífico.
“As chuvas vão continuar, o solo está saturado e persiste o perigo de terraplenagem ou transbordamento de rios”, informou Brenes, ao pedir que a população se mantivesse atenta aos riscos ao seu redor e que acatasse os chamados para a evacuação em áreas de risco.
Fonte: Istoe