Babaçulândia na região norte do Tocantins, vive uma das piores secas dos últimos anos. O longo período sem chover no município e a suspeita de represas antes da cidade fizeram com que o Ribeirão do Coco secasse.
Bernar Alves tem um bar próximo ao ribeirão, mas com a seca do local ele viu cair a movimentação no estabelecimento. “Tem de 25 a 27 dias que está nessa situação. No período chuvoso fica tudo cheio, mas agora nunca tinha chegado ao que está acontecendo agora. Os pés de coco, as plantas, as galinhas e os patos estão sofrendo com a falta da chuva”, conta.
Jairo Ribeiro vive o mesmo drama, a poucos quilômetros do ribeirão. Na casa dele, as caixas d’água viraram reservatórios, só assim para ele ter água em casa e não deixar os animais com sede. “ Esse Ribeirão do Coco nunca tinha secado. Desde 1983 a gente mora aqui e agora estamos em uma situação crítica”.
Conforme os agentes de fiscalização ambiental, a justificativa para a seca no ribeirão seria o desmatamento da mata ciliar nas margens do córrego. E de acordo com os agentes, o desmatamento seria causado por trabalhadores de assentamento da região desde 2010, quando famílias se mudaram para região devido a usina de Estreito (MA), que foi estabelecida no Rio Tocantins, além de utilizar barreiras para prender água na região do assentamento.
Vamos analisar para ver se existe essas represas feitas na região do assentamento, fechando esse rio e impedimento o percurso normal. Se isso estiver ocorrendo vamos procurar o Naturatins”, afirma Arthur Ângelo da Silva, secretario de meio ambiente de Babaçulândia. O Naturatins informou que vai acompanhar o caso.
Fonte: G1