Pesquisadores, profissionais e estudantes vão se reunir em Jardim, no Mato Grosso do Sul, para apresentar as principais pesquisas em geotecnologias aplicadas ao Pantanal durante o 7º Simpósio de Geotecnologias no Pantanal (GeoPantanal). O evento, que ocorre de 20 a 24 de outubro de 2018, abre a oportunidade para a exposição de trabalhos técnicos, ferramentas e metodologias desenvolvidos no Brasil e no exterior.
O simpósio contará com palestras internacionais, cursos e apresentações orais. A submissão de trabalhos para aplicação no bioma ou áreas úmidas semelhantes pode ser feita até 1° de julho, pela internet. Os temas abrangem agropecuária e agricultura de precisão, análise de paisagem, avaliações de impacto e gestão ambiental, geoprocessamento, monitoramento de fauna, sustentabilidade e turismo, entre outros.
“O 7º GeoPantanal vem para prosseguir com a tradição pioneira de realizar um evento científico com foco em uma região geográfica, permitindo que os participantes possam se concentrar em aprender e trocar experiências no uso de geotecnologias específicas, além de colaborar com as comunidades científicas que estudam o Pantanal”, conta Laercio Namikawa, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e um dos coordenadores do simpósio.
O evento é importante para o desenvolvimento científico na área e contribui para ampliar o conhecimento das novas geotecnologias aplicadas aos estudos de áreas úmidas e do Pantanal, segundo o professor Aguinaldo Silva, que coordena o simpósio pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Esse conhecimento também tem uma contribuição significativa para a sociedade, reconhece o secretário de Desenvolvimento Econômico de Jardim, Olavo Antonio de Oliveira Junior.
Integração de esforços
Realizado há mais de 10 anos, o GeoPantanal já produziu mais de 700 trabalhos técnico-científicos e reuniu cerca de 1.300 participantes de cinco países e de 17 estados brasileiros. Também ofereceu 40 minicursos e publicou 84 artigos em 6 números especiais de revistas indexadas.
“Esses números são uma demonstração da relevância do evento, que fortalece o desenvolvimento de pesquisas focadas na região, a troca de experiências, a integração e a cooperação técnica entre a comunidade acadêmica”, afirma João Vila, pesquisador da Embrapa Informática Agropecuária (Campinas, SP) e membro da comissão organizadora.
A Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) apoia a realização do GeoPantanal desde a primeira edição, em 2006, informa a professora Sandra Mara Alves da Silva Neves. “Desde então a parceria foi se intensificando, com a ampliação da participação dos docentes da instituição nas edições do evento. Os frutos dessa parceria podem ser percebidos nas produções acadêmicas, nos programas de pós-graduação stricto sensu e na execução de pesquisas científicas”, conta ela.
Para o professor Sidney Kuerten, do campus de Jardim da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), “trata-se de um importante e já consagrado evento na área de geotecnologias voltadas para o entendimento e preservação do Pantanal”. Ele destaca o envolvimento de diversas instituições de ensino e pesquisa do Brasil, o que ajudará na formação de competências e conhecimentos dos alunos, professores e demais comunidades da região.
O simpósio é uma oportunidade para estabelecer contato com trabalhos e pesquisadores que atuam com o tema na região, permitindo ampliar as possibilidades de contribuição, em pesquisas e trabalhos focados no desenvolvimento sustentável do bioma, de acordo com Nilson Oliveira da Silva, diretor do campus de Jardim do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso do Sul (IFMS).
Inscrições e organização
A programação estará disponível no site do evento em breve. As inscrições podem ser feitas com desconto até 20 de setembro. Estudantes de nível médio, graduação e professores dos níveis fundamental e médio pagam R$ 130,00. Para estudantes de pós-graduação, o custo é de R$ 200,00. Já os demais profissionais e interessados pagam R$ 450,00 até essa data.
O 7º GeoPantanal é organizado, em parceria, pela Embrapa Informática Agropecuária, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) e Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso do Sul (IFMS).
Fonte: Inpe