O Brasil está mobilizado na construção de ferramentas que levem à prática de uma agricultura sustentável. Esse processo está em discussão na oficina para Consulta e Diálogo Nacional sobre Indicadores para Políticas Agroambientais. O evento, realizado hoje e amanhã, faz parte do projeto para o Fortalecimento de Políticas Agroambientais em Países da América Latina e Caribe, executado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), com apoio da Agência Brasileira de Cooperação (ABC/MRE), em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).
O objetivo é avançar no diálogo e consultas técnicas para definir uma proposta de indicadores agroambientais para monitorar e verificar, em nível nacional, as mudanças e tendências nos principais componentes das gestões pública, privada e do controle social. Esses indicadores fazem parte das Diretrizes Voluntárias para Políticas Agroambientais em países da América Latina e Caribe, contribuindo com o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030.
A mesa de abertura contou com a presença da secretária de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do MMA, Juliana Simões, do representante da FAO no Brasil, Alan Bojanic, do diretor adjunto da ABC, Demétrio Carvalho, do diretor de projetos da GIZ – Cooperação Técnica Alemã, Taiguara Alencar, e do secretário substituto da Secretaria de Mobilidade Social, do Produtor Rural e do Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Pedro Alves Côrrea Neto.
Juliana Simões chamou a atenção para a importância da parceria entre o MMA, Mapa e a Embrapa e lembrou que o trabalho em torno das diretrizes está ancorado nos compromissos assumidos pelo Brasil no Acordo de Paris. “Algumas políticas foram estabelecidas para alcançarmos esse resultado, como a recuperação de pastagens, de áreas degradadas e de solos”, afirmou.
A secretária do MMA disse que o Brasil tem uma vantagem imensa em relação aos outros países, quando se fala em sustentabilidade e em biodiversidade. “Esse é um ponto positivo para a agricultura do nosso país. O país tem um conjunto de políticas que já se encaixam nas diretrizes desse projeto. Vamos ver o quanto ele está avançando em termos de políticas agroambientais”.
PROJETO
O projeto de Fortalecimento de Políticas Agroambientais nos países da América Latina e Caribe teve início em 2013. Tem por objetivo contribuir para o fortalecimento de políticas públicas agroambientais como uma ferramenta para a redução da pobreza rural e da insegurança alimentar nos países da região. Envolve Brasil, Colômbia, Cuba, Costa Rica, México, Panamá e Paraguai.
No âmbito do projeto foram elaboradas as Diretrizes Voluntárias para Políticas Agroambientais na América Latina e Caribe, que contribuem particularmente para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030.
A oficina ocorre na terceira e última etapa do Projeto e dá seguimento aos diálogos que se iniciaram em junho de 2017, reunindo técnicos e especialistas do governo federal, universidades e representantes do setor agropecuário. A proposta será sistematizada para discussão com os demais países em uma Oficina Regional, prevista para julho, no Paraguai.
Fonte: MMA