Polícia foi até fazenda e autuou proprietário por manter animal em cativeiro de MS (Foto: PMA/Divulgação)
O dono de um sítio em Deodápolis, a 245 km de Campo Grande, foi autuado por manter um macaco-prego em cativeiro. Equipe da Polícia Militar Ambiental (PMA) fazia fiscalização na zona rural da cidade, na segunda (18), quando houve o flagrante. O animal silvestre estava amarrado a uma corrente e coleira, em um poleiro de uma árvore.
“Ele estava em cativeiro e por isso caracteriza o crime. No caso do maus-tratos não porque o animal estava aparentemente bem cuidado, embora a coleira. O dono disse que o pegou no mato e estava o criando daquela forma. Ele não precisou de atendimento veterinário e estamos o mantendo com a mesma alimentação, por enquanto, para ele não estranhar muito o ambiente”, comentou ao G1 o tenente-coronel Ednilson Queiroz.
Ainda conforme os policiais, o infrator de 45 anos foi autuado administrativamente e multado em R$ 500. Ele, que possui um sítio a 10 km da cidade, não apresentou nenhuma autorização do órgão ambiental para manter em cativeiro o animal silvestre da espécie Cebus libininosus.
O suspeito foi levado até a delegacia da cidade e responderá por crime ambiental, com pena de até 3 anos de detenção. Já o macaco foi encaminhado ao Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (Cras), em Campo Grande.
Animal fica em coleira e amarrado em árvore, diz polícia (Foto: PMA/Divulgação)
Outro caso
Em abril do ano anterior, um macaco da mesma espécie estava na coleira e também foi apreendido em Ponta Porã, na fronteira com o Paraguai. Testemunha e uma entidade de proteção ambiental afirmaram que o animal estava sendo maltratado. A polícia foi acionada para verificar a solicitação de maus-tratos de animais e encontrou o primata com coleira e amarrado em um carrinho de mão.
A testemunha ainda comentou que, ao passar por uma rua de motocicleta, avistou uma mulher de 58 anos o maltratando. De acordo com o registro policial, a suspeita disse que “o macaco era seu filho”. Ela afirmou à polícia ainda que criava o animal silvestre desde pequeno. O animal foi entregue para a testemunha, que é membro da ONG Irmandade das Patinhas, de proteção aos animais. Ela acionou a PMA de Dourados, que buscou o animal.
Macaco-prego estava preso com uma corda na cintura (Foto: Irmandade das Patinhas)
Fonte: G1