ONU lança no Rio iniciativa para proteger ativistas ambientais do mundo todo

O Brasil é o país mais perigoso para os ativistas que atuam pela proteção do meio ambiente. De acordo com a ONG Global Witness, foram 57 homicídios ligados ao tema no ano passado, sendo 25 em três chacinas coordenadas para assassinar ambientalistas.

Não é à toa que o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente escolheu o Rio de Janeiro para lançar, no Museu do Amanhã, uma Iniciativa para proteger defensores ambientais de intimidações, ameaças e assassinatos.

Ambientalistas convidados pela ONU

O objetivo é esclarecer ao público o que são os direitos ambientais e as maneiras para defende-los, elaborando estratégias para combater a violência contra ativistas de todo o planeta, e os conectando para que, juntos, eles possam ser mais fortes.

Erik Solheim, diretor-executivo da ONU Meio Ambiente, declarou que “Os defensores do meio ambiente são os heróis desconhecidos desta era, e cabe a nós ficar lado a lado com eles, enquanto eles se firmam no direito mais fundamental — o de ter um planeta seguro para se viver”.

Maria do Socorro Silva, líder quilombola, luta contra a degradação ambiental causada pela maior refinaria de alumínio da Amazônia, no Pará

De acordo com a ONU, a Amazônia é um destaque negativo em relação à violência contra ativistas. A oposição à extração ilegal de madeira e contra a expansão de fazendas de gado e agricultura, como soja, óleo de palma e eucalipto, estão entre as atividades mais perigosas.

Ainda de acordo com o levantamento da Global Witness, foram 207 defensores ambientais mortos em todo o mundo em 2017 – o que significa que o Brasil correspondeu a mais de um quarto dos casos. Cerca de 25% dos assassinatos foram cometidos contra lideranças indígenas mundo afora.

Fonte: Hypeness