Biólogos da Universidade de Massachusetts Amherst descobriram 16 novas espécies de vírus gigantes quando realizavam um estudo sobre o efeito do aquecimento do solo em micróbios durante uma expedição às florestas do estado.
A novidade é bastante incomum, pois a maioria das espécies encontradas estava localizada em ambiente terrestre. Anteriormente, pesquisadores haviam localizado vírus similares, porém, em habitat aquático. Isso sugere que esses seres vivos são mais onipresentes e diversificados do que se acreditava.
“Nossa pesquisa é geralmente focada nos efeitos do aquecimento do solo, mas essa nova abordagem descobriu uma variedade de biodiversidade viral e bacteriana em grupos de espécies que normalmente não associamos ao solo”, declarou o biólogo Jeff Blanchard, autor do estudo.
A descoberta só foi possível graças à utilização de uma técnica conhecida como mini-metagenômica. Ela consiste em analisar um pequeno apanhado de terra levemente aquecida e desvendar o DNA de aproximadamente 2.000 células individuais na amostra – incluindo os 16 misteriosos vírus gigantes.
Para se ter uma ideia do tamanho dos seres encontrados, normalmente eles são centenas de vezes menores do que bactérias. Os que foram encontrados nas florestas, porém, são maiores do que elas. Ainda, seus genes são notavelmente maiores que os de outros vírus, além de serem muito diferentes dos encontrados em outras formas de vida.
“Encontrar 16 de uma vez é um grande feito, até porque nenhum deles é o mesmo. Se você pensar em todo o solo do mundo, se houver 10.000 espécies de bactérias em um grama de terra – cerca de uma colher de chá – imagine quantos novos vírus gigantes existem por aí”, finalizou Blanchard.
Fonte: Revista Galileu