Imagens mostram uma situação preocupante sobre a poluição marinha: um tamboril foi encontrado com uma garrafa de plástico de 500 mililitros alojada inteira em seu estômago. A espécie tem boca larga e estômago distensível, o que significa que pode engolir diferentes itens. Por conta disso, a ingestão de qualquer objeto inorgânico coloca a espécie de peixe em perigo.
De acordo com a organização ambiental Jeonbuk Environmental Movement Coalition, a fotografia foi tirada por um grupo de pescadores depois de capturar os peixes perto de Buan-Gun, no norte de Jeolla, na Coreia do Sul.
“Esta é a prova de que o problema do lixo marinho é grave na Coreia. Em particular, as águas em Buan são tão fortes que o lixo chega de todas as partes do país e da China”, declarou Lee In-gyu, membro da Associação de Meio Ambiente do Norte de Jeolla.
Não é incomum encontrar lulas inteiras no organismo de um tamboril, por exemplo. Quando o pescador Hwan capturou o peixe, percebeu uma protuberância e decidiu abrir o animal, esperando encontrar uma criatura inteira. Mas não foi o que aconteceu.
“Estamos encontrando mais plástico e lixo dentro dos peixes hoje em dia. É preocupante porque as pessoas não parecem se importar com o meio ambiente”, disse Hwan ao jornal sul-coreano JoongAng Ilbo. “Encontrei produtos de vinil, latas e pedaços de plástico dentro de alguns peixes, que não se limitam ao tamboril. Encontrei resíduos de plástico dentro de mudskippers e blenny do bartail também.”
O problema da poluição não se resume ao fatos de os animais marinhos engolirem objetos de plásticos ou outros materiais. Estudos já mostraram que partículas de microplásticos, com menos de cinco 5 milímetros de comprimento, podem ficar embutidos no tecido dos bichos por ingestão ou respiração, dificultando sua sobreviência. E como muitos peixes são alimentos para outros seres marinhos maiores, o ciclo de ingestão de microplástico não é interrompido.
Fonte: Revista Galileu