As Ilhas Faroé são território dependente da Dinamarca e ficam entre a Escócia e a Islândia. O arquipélago é formado por 18 ilhas de variados tamanhos e é habitado por 47 mil pessoas e muitas ovelhas. A Lítla Dímun é a menor de todas as ilhas, com menos de 1 km² de área, sendo a única desabitada por humanos. O que a torna muito especial é a nuvem que costuma estacionar sobre ela.
Uma nuvem lenticular quase sempre envolve a ilha como um cobertor molhado. A nuvem que se forma sobre a Lítla Dímun fica no pico, mas às vezes invade também a parte mais baixa e chega ao mar gelado.
Como essas nuvens se formam?
As nuvens lenticulares são nuvens isoladas que se formam e ficam estacionadas na troposfera, a camada mais baixa da atmosfera. Elas têm contornos bastante definidos e têm formato de panela, por isso são frequentemente confundidas com naves espaciais.
Essas nuvens estacionarias normalmente se formam sobre picos de montanhas, em relevos cheios de morros ou até sobre prédios altos ou pontes que obstruem o fluxo do ar.
Elas são encontradas com mais frequência no inverno, e costumam se formar no lado mais protegido do vento pela montanha. Elas se formam quando o ar húmido, que é mais estável, flui de forma vertical sobre uma montanha. Quando esse ar em movimento entra em contato com ventos que se movem horizontalmente, a nuvem especial se forma.
Pilotos evitam voar perto dessas nuvens porque essa movimentação de ar causa turbulências severas.
Apesar de ser possível visitar a ilha e escalar as íngremes falésias com ajuda de cordas deixadas por fazendeiros que visitam seus rebanhos de ovelhas, a viagem é muito rara por conta das condições climáticas difíceis da região. O mais comum é que os turistas admirem a bela visão dos vilarejos de Hvalba ou Sandvík na ilha Suðuroy. [Science Struck, Atlas Obscura]
Fonte: Hypescience