Maior apreensão de mamíferos de origem africana é registrada na Malásia

Desde 2014, as oito espécies de pangolim estavam listadas como ameaçadas de extinção. (Foto: David Brossard/ Flickr)
DESDE 2014, AS OITO ESPÉCIES DE PANGOLIM ESTAVAM LISTADAS COMO AMEAÇADAS DE EXTINÇÃO. (FOTO: DAVID BROSSARD/ FLICKR)

Quase 30 toneladas de pangolins africanos foram traficados ilegalmente na quinta-feira passada, 7. A apreensão, que aconteceu por autoridades no estado de Sabah, na ilha de Bornéu, na Malásia, é a maior já registrada no país, um dos principais responsáveis pelo comércio de pangolins, um mamífero que vive em regiões da África e da Ásia.Conhecidos pelo aspecto fofo e confundidos muitas das vezes com tatus, os pangolins são da família dos tamanduás escamosos.

De acordo com a TRAFFIC, organização sem fins lucrativos que trabalha no combate ao comércio de animais e plantas silvestres, o carregamento apreendido pelas autoridades tinha cerca de 1,8 mil caixas cheias de pangolins que estavam congelados em três recipientes refrigerados, além de 572 congelados em seis freezers, 61 que estavam vivos em gaiolas e 261 kg de balanças.

Duas patas de urso e quatro carcaças de raposas voadoras também estavam no carregamento. As autoridades contam que receberam uma denúncia e invadiram dois locais: uma fábrica na cidade de Sabah e um depósito em Tamparuli. Um homem de 35 anos que trabalhava na fábrica e estava no local foi preso.

“Detectar grandes volumes de contrabando de pangolim não é tarefa fácil e as autoridades de Sabah estão de parabéns por perseguir e derrubar essa operação de contrabando”, disse Kanitha Krishnasamy, diretor da TRAFFIC no sudeste asiático.

De acordo com o grupo IUCN SSC Pangolin, especializado na espécie, mais de um milhão de pangolins foram caçados só na última década. Em 2014, as oito espécies do animal estavam listadas como ameaçadas de extinção.

Fonte: Revista Galileu