Objetivo do organismo é auxiliar países a mensurar, notificar e verificar o impacto das políticas que estão sendo implementadas para cumprir o Acordo de Paris. O tratado visa limitar a elevação da temperatura média global a 1,5 ºC até o final do século.
A Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) apoiou o lançamento neste mês (21) de um polo de monitoramento das ações climáticas no Caribe. Objetivo do organismo é auxiliar países a mensurar, notificar e verificar o impacto das políticas que estão sendo implementadas para cumprir o Acordo de Paris. O tratado visa limitar a elevação da temperatura média global a 1,5 ºC até o final do século.
Conhecido pela sigla em inglês MRV Hub, o polo é uma instituição técnica colaborativa, onde países caribenhos vão compartilhar conhecimentos para produzir dados de excelência sobre emissões de carbono e outros aspectos das políticas climáticas.
“Você não consegue controlar o que você não consegue medir”, afirmou o especialista do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Damiano Borgogno, em uma reunião em Granada com dez países do Caribe anglófono.
O especialista disse que os países precisam ser capazes de medir e rastrear emissões, a fim de tomar decisões informadas que resultem em ações climáticas. Borgogno pediu mais transparência nos processos regionais de discussão e elaboração de políticas associadas ao Acordoe de Paris. O profissional do PNUD acrescentou que o Caribe pode liderar outras regiões no cumprimento da meta de 1,5 ºC.
A proposta do polo de monitoramento é funcionar como uma cooperativa em que especialistas de cada nação possam dividir aprendizados, orientações e recursos.
“A nossa meta é melhorar a elaboração doméstica de políticas, melhorar a eficiência da ação climática e se tornar um instrumento para a implementação bem-sucedida de planos climáticos, a pedra angular do Acordo de Paris”, completou Borgogno.
Em sua fase inicial, o MRV Hub receberá o apoio de agências das Nações Unidas — PNUD, UNFCCC e ONU Meio Ambiente — e outras instituições internacionais e regionais, como o Instituto de Gestão de Gases do Efeito Estufa, a Fundação de Pesquisa e Educação das Ilhas Windward e a Universidade de São Jorge em Granada. O projeto terá contribuições também da Iniciativa Climática Internacional (IKI), do Ministério para o Meio Ambiente, Conservação da Natureza e Segurança Nuclear da Alemanha.
“Essa é uma grande iniciativa que vai criar a massa crítica de conhecimento regional para monitorar a rastrear a contribuição do Caribe no combate às mudanças climáticas”, disse Carlos Fuller, oficial do Centro de Mudanças Climáticas da Comunidade Caribenha.
Fonte: ONU