Na esperança de estimular a ação internacional sobre a mudança climática, o secretário-geral da ONU, António Guterres, disse aos líderes mundiais que apenas os países mais ambiciosos na redução das emissões de carbono terão um papel proeminente em uma cúpula-chave em setembro.
Em uma nota enviada aos Estados membros, Guterres descreveu os planos para uma cúpula “orientada para a ação” para injetar um novo impulso na luta contra o aquecimento global.
“Será uma cúpula em que propostas ambiciosas de ação serão mostradas”, diz o documento de quatro páginas ao qual a AFP teve acesso nesta terça-feira.
A cúpula, que será realizada em 23 de setembro em Nova York, é apresentada pelas Nações Unidas como o primeiro encontro importante de líderes mundiais em mudanças climáticas desde que o Acordo de Paris foi alcançado em 2015.
O evento segue uma série de relatórios contendo previsões sombrias sobre o futuro do planeta, à medida que as emissões de dióxido de carbono continuam aumentando, tornando as metas estabelecidas no Acordo de Paris fora de alcance.
A decisão do presidente Donald Trump em 2017 de remover os Estados Unidos do Acordo de Paris lança dúvidas sobre como será este evento, que acontecerá à margem da reunião da Assembleia Geral da ONU em Nova York.
No documento, Guterres pediu aos países que apresentem “planos concretos e realistas” para reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 45% na próxima década e na íntegra até 2050.
Por um processo de seleção semelhante a um concurso, a ONU convocará uma reunião em Abu Dhabi de 30 de junho a 1º de julho para escolher as propostas mais ambiciosas, que ocuparão um lugar central na cúpula.
Os países devem elaborar planos que tenham um “impacto transformador” ou que pretendam “ampliar seriamente uma iniciativa existente”, diz o documento.