Um veado de estimação matou um dono e feriu a mulher dele num ataque raro na Austrália.
O ataque aconteceu na quarta-feira, quando o homem de 47 anos foi alimentar o animal na propriedade dele. A mulher sofreu ferimentos graves ao tentar ajudar o marido e foi levada ao hospital.
Um estudo recente sobre mortes provocadas por animais na Austrália entre 2000 e 2013 não contabilizou nenhuma envolvendo veados. Responsável pelo levantamento, Ronelle Welton disse à BBC que ela desconhece qualquer tipo de ataque de veados no país.
A polícia australiana disse que o veado foi sacrificado na propriedade do casal, próximo a Wangaratta, a 250 quilômetros de Melbourne. E, segundo a imprensa australiana, a mulher foi tirada da baia do veado pelo filho adolescente. A família criava o animal há seis anos.
Autoridades não identificaram qual era a espécie que atacou o casal. Há pelo menos quatro espécies diferentes na região.
Veados selvagens
Nos últimos tempos, autoridades estaduais alertaram que o número de veados selvagens aumentou para mais de um milhão na Austrália. Um relatório do governo, divulgado no ano passado, indicou que esses animais foram responsáveis por colisões em estradas e danos em imóveis.
“Avistamentos de cervos e relatos de risco à segurança pública estão se tornando mais comuns”, diz o documento do governo australiano.
Veados não são nativos da Austrália e foram classificados como uma ameaça à vegetação nos parques nacionais por uma agência governamental do Estado de Victoria.
Ataque em Portugal
Há pelo menos um registro de ataque semelhante ao que aconteceu na Austrália. Em 2006 um agricultor moçambicano, de 49 anos, morreu ao ser atacado por um veado selvagem numa propriedade particular no Parque Natural do Tejo Internacional, em Portugal.
Gaspar Zulucula trabalhava no local e foi atacado quando abriu a cerca para que os veados fossem pastar. Um deles foi para cima do moçambicano, que teve o abdômen atingido e os pulmões perfurados.
Veados selvagens que povoam o parque em Portugal são, segundo noticiou a imprensa portuguesa na época do ataque, considerados animais “inofensivos e leais”, mas podem mudar de comportamento, em especial quando acuados e confrontados com situações de agressividade ou também quando estão no cio.
Fonte: BBC