A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA afirmou que julho de 2019 foi o mês mais quente que o planeta já viu desde que os registros de temperatura global começaram a ser computados, em 1880. Ou seja, estamos falando de 140 anos de dados.
“A temperatura média global em julho foi 0,95 graus Celsius acima da média do século XX de 15,8 graus Celsius, tornando-o o mês mais quente de julho no registro”, disse a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica em comunicado.
O antigo recordista era o mês de julho de 2016, apenas 0,03 graus Celsius mais frio que julho de 2019.
Médias globais
Mês que inaugura o verão no hemisfério norte, este ano julho trouxe uma onda de calor pela Europa.
Além disso, a Groelândia sofreu grandes derretimentos e a cobertura de gelo dos polos Ártico Antártico atingiram recordes negativos.
As médias de temperatura mais incomuns foram vistas no Alasca, no oeste do Canadá e no centro da Rússia, locais que viram temperaturas cerca de 2 graus Celsius acima da média.
O mapa abaixo mostra a situação da temperatura no mundo no mês passado: azul escuro é recorde de temperatura mais baixa; azul, muito mais frio que a média; azul claro, mais frio que a média; branco, na média; vermelho claro, mais quente do que a média; vermelho, muito mais quente que a média; e vermelho escuro, temperatura mais alta já registrada naquela localidade.
Ações urgentes precisam ser tomadas
Infelizmente, esses números mostram que os governos não estão fazendo o seu máximo para controlar a mudança climática.
Ano passado, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) afirmou ser crucial impedir que as temperaturas globais subissem mais do que 1,5 graus Celsius em relação à média.
“Uma das principais mensagens deste relatório é que já estamos vendo as consequências do aquecimento global através de condições meteorológicas extremas, aumento do nível do mar e diminuição do gelo marinho do Ártico, entre outras mudanças”, explicou Panmao Zhai, do IPCC, na ocasião do lançamento do relatório em 2018.
Já estamos em desvantagem; agora, o que nos resta é fazermos a nossa parte pelo planeta, e cobrar nossos governantes para fazerem as deles, também. [Cnet, LiveScience]
Fonte: Hypescience