O Oriente Médio está ficando mais quente e chove cada vez menos. A Jordânia tem sido fortemente afetada pelas mudanças climáticas. Lá, há escassez de água potável.
O nível de água do Mar Morto diminui cerca de um metro por ano. E o Rio Jordão está secando. Quase toda a água acaba antes de desembocar no mar.
As áreas rurais são as mais afetadas pelas mudanças climáticas. O período de chuvas ultimamente só tem durado dois meses.
“Se eu pudesse, abandonava a agricultura. Mas isso é tudo o que eu sei fazer”, lamenta o pequeno produtor Mohammad Ghareb.
Milhares de pessoas se mudaram do campo para a cidade nos últimos anos. Além disso, a Jordânia recebe um grande número de refugiados vindos de diferentes áreas de conflito do Oriente Médio.
Então, há menos água e mais pessoas no país. Por isso, o governo começou a retirar água de aquíferos, que são piscinas de água subterrânea, para abastecer as cidades.
“Segundo relatórios científicos, esses aquíferos podem durar 50 anos. Depois disso, teremos que recorrer a aquíferos profundos”, disse à BBC News o ministro da Água da Jordânia, Raed Abu al-Saud.
“Claro que temos uma crise de água. Se qualquer casa da Jordânia só recebe água de 12 a 24 horas por semana, é uma crise de água”, admite al-Saud.
A água no país está sendo consumida mais rapidamente que sua capacidade de recomposição. O governo estuda a possibilidade de reciclar água ou dessalinizar água do mar.
Mas são alternativas que demandam muito dinheiro e energia. “Cada gota d’água desperdiçada sai da fonte que abasteceria a próxima geração”, destaca Roshka Tayyem, que tem dois filhos pequenos.
Fonte: BBC