Qual é a primeira coisa que vem à mente quando se fala em Bali? Provavelmente, as praias lindas e intocadas da região. Contudo o que aparece com cada vez mais frequência nas praias dessa paradisíaca ilha do arquipélago indonésio não são conchas, mas lixo plástico.
O lixo plástico vem se amontoando em Bali, situação exacerbada pela falta de infraestrutura — ou de um plano oficial — para solucionar o problema. Ainda contribuem para o acúmulo de garrafas e sacolas nas praias o crescente turismo, práticas culturais enraizadas e a falta de conscientização sobre o ciclo do plástico, desde o descarte até seu despejo no mar, com seu aparecimento nas praias na forma de lixo.
Em um estudo de 2015 publicado na revista científica Science sobre os 20 países com a pior gestão de lixo plástico, a Indonésia apareceu em segundo lugar. O país gerou 3,2 milhões de toneladas de plástico em 2010, e quase metade disso acabou no mar. A China ficou na primeira posição; os Estados Unidos, na vigésima. O governo indonésio apresentou à National Geographic números um tanto menores que os informados no estudo, mas a conclusão é a mesma: a maior parte do lixo plástico não é bem gerida na Indonésia.
Amostras obtidas em buracos subaquáticos revelam registros de 1,5 mil anos de potentes furacões que passaram pelas Bahamas em direção à Costa Leste dos Estados Unidos.
O Brasil tem cerca de 7.500 quilômetros de litoral, entre praias, falésias, dunas, mangues, restingas e muitas outras formações. Mais da metade disso, no entanto, está sendo progressivamente destruída pela erosão ou pelo acúmulo de sedimentos, agravados pela ação humana.