Maior buraco registrado na camada de ozônio do Ártico se fecha

A causa foi um vórtice polar de ar frio que teve sua força reduzida e permitiu que o buraco fosse fechado

Camada: estima-se que a camada de ozônio se recupere aos níveis registrados no início da década de 1980 apenas em 2050 (ESA/Reprodução)

Um buraco de mais de um milhão de quilômetros quadrados foi descoberto no Ártico por cientistas em março — o maior já registrado. Mas, recentemente, ele se fechou. O anúncio foi feito pelo Copernicus, programa de observação da Terra da União Europeia.

Além do tamanho impressionante, o buraco também foi responsável por esgotar o ozônio na camada a uma altitude de cerca de 18km.

Segundo a Agência Espacial Europeia (ESA), o fechamento não teve relação com a atividade humana, ou com a diminuição da emissão de poluentes pelo isolamento social no mundo devido à pandemia de coronavírus.

O buraco, diferemente de muitos outros, também não foi causado pela poluição. A causa e a solução foi um vórtice polar de ar frio que, que teve sua força reduzida e permitiu que o buraco fosse fechado.

O buraco na camada da Antártica segue sendo a grande preocupação dos cientistas.

O que são os buracos na camada de ozônio?
É um fenômeno de queda acentuada na concentração do ozônio sobre a região da Antártica. Esse processo vem sendo acompanhado desde o início da década de 1980, em vários pontos do mundo.

Segundo o Ministério do Meio Ambiente, a camada de ozônio começou a sofrer com os efeitos da poluição crescente provocada pela industrialização mundial. Produtos químicos como Halon, Tetracloreto de Carbono (CTC), Hidroclorofluorcabono (HCFC), Clorofluorcarbono (CFC) e Brometo de Metila, são classificadas como Substâncias Destruidoras da Camada de Ozônio – SDOs e quando liberadas no meio ambiente, deslocam-se na atmosfera, degradando a camada de ozônio.

Diante dos esforços realizados para cumprir com as metas de eliminação das substâncias destruidoras do ozônio pelo Protocolo de Montreal, estima-se que a camada de ozônio se recupere aos níveis registrados no início da década de 1980 apenas em 2050.

Fonte: EXAME