Numa das piores catástrofes ambientais da Sibéria, durante uma semana mais de 21 mil toneladas de diesel vazaram de instalação pertencente ao homem mais rico da Rússia. Região levará anos para se recuperar.
Os Estados Unidos ofereceram ajuda a Moscou neste sábado (06/06) para combater a despoluição de um rio no Círculo Polar Ártico, após vazamento de mais de 21 mil toneladas de hidrocarbonetos que começou em 29 de maio.
Dizendo-se “entristecido de saber da fuga de combustível em Norilsk, Rússia”, o secretário de Estado Mike Pompeo declarou no Twitter: “Apesar de nossas divergências, os EUA estão prontos a ajudar a Rússia a mitigar esse desastre ambiental e a fornecer sua experiência técnica.”
Em 29 de maio, um reservatório de diesel de uma central térmica pertencente à gigante da mineração Nornickel ruiu perto da cidade de Norilsk, em meio à tundra da Sibéria, provocando o vazamento de cerca de 15 mil toneladas de hidrocarbonetos nos cursos de água e 6 mil toneladas nos terrenos circundantes, numa área total de mais de 14 mil metros quadrados.
A Nornickel é propriedade do homem mais rico da Rússia, Vladimir Potanin, cuja fortuna é estimada em 25 bilhões de dólares. Ele se comprometeu a arcar com os trabalhos de despoluição. Segundo a revista alemã Der Spiegel, a operação deverá custar pelo menos 130 milhões de dólares.
O óleo deixou o rio Ambarnaia vermelho, o que é visível do espaço. Trata-se de um dos piores vazamentos de combustível da história do país e um dos piores desastres ecológicos da Sibéria. Segundo especialistas, serão necessários anos até a região se recuperar.
Uma semana após a ocorrência, as autoridades russas garantem ter contido o alastramento do combustível, sobretudo no Ambarnaia. As equipes de resgate trabalham para limitar os danos num contexto complicado devido às dificuldades de acesso, devido à pouca profundidade do rio, que impede as operações de barco, e pelos terrenos pantanosos que se formam durante a primavera.
O presidente russo, Vladimir Putin, declarou estado de emergência na região. Alegando só ter sido informado do desastre no último domingo, ele criticou a forma de proceder das autoridades locais: “Por que as agências do governo só souberam disso dois dias depois do ocorrido. Vamos ser informados sobre situações de emergência pelas redes sociais?”
Fonte: Deutsche Welle