A Dinamarca vai encerrar a exploração de petróleo no Mar do Norte até 2050. O governo e vários partidos da oposição chegaram a um acordo sobre a medida, aprovada pelo Parlamento nesta quinta-feira (03/12).
A decisão foi tomada depois de a empresa francesa Total ter anunciado, há alguns meses, que retirava a sua oferta para o oitavo leilão de licenciamento, tal como fizeram outras duas das quatro empresas inicialmente interessadas, deixando apenas uma concorrente.
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Com a decisão, o oitavo leilão foi cancelado, bem como qualquer outro que estivesse previsto para mais tarde.
Com a saída do Reino Unido da União Europeia (UE), a Dinamarca passou a ser a maior produtora de petróleo do bloco, com cerca de 100 mil barris por dia. O Reino Unido produz cerca de 1 milhão de barris por dia, e a Noruega, maior produtora de petróleo da Europa, cerca de 1,4 milhão.
“Estamos encerrando definitivamente a era fóssil”, disse o Ministro da Energia, Dan Jörgensen, que lembrou que o país quer alcançar a neutralidade de emissões até 2050.
Aposta em energia eólica
A Dinamarca iniciou as suas atividades petrolíferas no Mar do Norte em 1972 e conta com 55 plataformas em 21 campos, 15 de petróleo e seis de gás, que serão igualmente desmanteladas.
Desde o início da exploração no Mar do Norte, o Estado dinamarquês ganhou cerca de 514 bilhões de coroas (69 bilhões de euros) e espera ganhar entre 88 bilhões e 240 bilhões de coroas (12 bilhões e 32 bilhões de euros) até 2050, de acordo com a Direção-Geral de Energia.
A produção de petróleo, porém, está em queda na Dinamarca já há alguns anos, e caiu pela metade ao longo da última década.
A Dinamarca é um dos países mais ricos da Europa, com um Produto Interno Bruto (PIB) per capita de quase 50 mil euros, ou seja, 80% acima da média da União Europeia. Boa parte dessa riqueza veio da exploração de petróleo.
Hoje o país é um dos pioneiros nas energias renováveis e aposta principalmente na energia eólica devido a sua grande costa marítima.
Fonte: Deutsche Welle