A indústria do leite de camelo, acredite ou não, está em franca expansão.
Estimativas dão conta de que ela já movimenta mais de US$ 10 bilhões anuais.
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E embora esse aumento na popularidade seja recente, o ser humano consome o leite desse animal há mais de seis mil anos.
No leste da África, fazendeiros criam mais de 12 milhões de camelos com o propósito de produzir a bebida, visada principalmente por pessoas que acreditam que ela tem propriedades medicinais.
De olho nisso, o casal Zamzam Haji e Jama Warsame, do leste do Quênia, abriu a White Gold (“Ouro Branco”, em tradução literal). Eles encontraram uma lacuna no mercado: a necessidade de leite pasteurizado.
“Nós investimos muito no manejo do leite, na higiene. As pessoas conseguem o leite em muitos lugares, mas muito desse leite é defumado”, conta ele. O motivo? “Como forma de preservar”, acrescenta.
Conheça, no vídeo, outras vantagens apresentadas pelos fazendeiros para optar pela criação de camelos, e não de vacas, por exemplo.
Ao mesmo tempo, existe uma grande preocupação, por parte de pesquisadores internacionais, de que a proximidade entre humanos e camelos favoreça futuras pandemias, como a atual. Por isso, cientistas no leste da África tentam estabelecer um controle zoonótico desses animais e pedem que as populações locais não consumam leite não processado de camelos – que pode ser foco de contaminação.
Fonte: BBC