Na esteira do pouso do robô (rover) Perseverance na superfície de Marte, e da expectativa do primeiro voo do drone Ingenuity, uma terceira descoberta também chamou atenção, essa um pouco mais longe do Planeta Vermelho.
Desta vez, a novidade vem de Kraken Mare, o maior oceano de metano em Titã, que é a maior lua de Saturno. Estima-se que a profundidade seja de pelo menos 300 metros, podendo ser ainda mais profunda.
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Para efeito de comparação, isto é próximo da profundidade máxima atingida por um submarino nuclear aqui na Terra. Estes avanços reascendem um sonho de alguns pesquisadores, que é o de realizar uma missão nos moldes das que são feitas à Marte, mas com Titã como destino.
Recentemente, a Nasa anunciou que tem planos para lançar um drone de nome Dragonfly para a lua de Saturno em 2026. Além de um orbitador, uma sonda flutuante e um submarino robótico. Porém, este último só deve ser lançado no próximo verão de Titã, que ocorrerá por volta de 2047 em anos terrestres.
Semelhança com a Terra
Titã é descrito pelos astrônomos como “o mundo mais parecido com o nosso” no Sistema Solar. Assim como a Terra, a lua de Saturno possui uma atmosfera densa e rica em nitrogênio. Além de ser um dos poucos locais com clima, chuva, rios e mares.
Junto com a Terra, Titã é o único local no universo que é conhecido por ter líquidos em sua superfície. Porém, diferente daqui, lá não chove água, mas um composto mais parecido com gasolina, que desce como neve e é transformada em dunas por ventos de nitrogênio.
Os rios abrem cânions com montanhas de fuligem congelada e camadas de gelo flutuam nos oceanos de amônia. A temperatura média na superfície é de -178,8°C.
A maior lua de Saturno foi vista de perto pela primeira vez em 1980, quando a lendária Voyager I passou por perto dela e nos enviou evidências de que sua atmosfera nebulosa tinha uma densidade quatro vezes maior do que a terrestre.
Fonte: Olhar Digital