Pouco menos de duas horas antes do horário previsto, a SpaceX anunciou pelo Twitter o adiamento do lançamento de 60 satélites Starlink. A decolagem, que deveria acontecer às 23h58 desta terça-feira (9) foi transferida para 5h13 da próxima quinta-feira (11).
Os outros detalhes seguem os mesmos, o foguete utilizado será o já tradicional Falcon 9 e o lançamento acontecerá no Space Launch Complex 40 (SLC-40) na Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, na Flórida, nos Estados Unidos.
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Esta será a sexta viagem do foguete, que teve a carenagem reutilizada. Metade da carenagem do cone do nariz foi usado para lançar o satélite European Sentinel-6A, enquanto a outra lançou duas missões de satélites comerciais.
Após a separação, a SpaceX pousará o primeiro estágio do Falcon 9 no droneship “Just Read the Instructions” (basta ler as instruções, na tradução), que estará localizado no Oceano Atlântico.
O foguete é o mesmo que levou a nave Crew Dragon com os astronautas Robert Behnken e Douglas Hurley para a Estação Espacial Internacional (ISS). O lançamento da missão Demo-2 foi realizado no dia 30 de maio de 2020 pela Nasa.
SpaceX acertou pouso de protótipo da Starship
A SpaceX finalmente acertou no pouso de um protótipo da Starship. A SN10 realizou no dia 3 de março um voo perfeito, incluindo seu pouso nas instalações da empresa em Boca Chica, no Texas (EUA). Apesar de uma explosão ter ocorrido momentos após o pouso, o lançamento representa um avanço, considerando que a SN8 e SN9 explodiram antes mesmo de tocarem o solo.
Os testes começaram logo cedo, quando uma primeira tentativa teve a contagem regressiva interrompida antes do lançamento. Mas a equipe resolveu tentar de novo e mostrar que o sonho de Elon Musk de colonizar Marte pode estar cada vez mais perto.
Foram pelo menos seis minutos e meio de voo, sendo que por pelo menos 30 segundos, a SN10 pairou no ar. Por volta do minuto 4:20, a SN10 começou sua descida e preparação para o pouso.
Pouso da SN10
Antes do pouso propriamente dito, a SN10 realiza uma “descida de barriga”. Essa manobra é executada pelo computador de bordo do foguete. “Dois flaps aerodinâmicos em seu nariz e dois em sua base – operados por um computador de bordo – moviam-se independentemente para controlar a queda da SN10 e manter sua posição de barriga para baixo”, explicou o Business Insider sobre esta parte do processo. Após esta etapa, o foguete voltou à posição vertical.
Mas para entender ainda melhor como ocorre o pouso, cabe destacar outro ponto: para tocar o solo com segurança e sem riscos, a Starship deve ligar três propulsores, sendo que dois deles devem continuar ligados até a chegada ao chão.
No teste de voo da SN10, apenas um propulsor pousou ligado. Na transmissão, é possível visualizar labaredas na lateral da SN10, o que pode ter ligação direta com a explosão que ocorreu logo depois. Apesar de o incidente não ter sido mostrado pela SpaceX para o público, pois a transmissão foi encerrada momentos antes, a cena ainda foi capturada pela Nasa Spaceflight.
Em conclusão, com os problemas de pouso resolvidos, o próximo passo deve ser enviar o protótipo à órbita da Terra. O objetivo seria avaliar a capacidade da Starship de entrar novamente na atmosfera. De qualquer forma, para esse teste, outra autorização por parte da Federal Aviation Administration (FAA, na sigla em inglês) deve ser pleiteada pela SpaceX, o que pode não ser fácil devido aos impactos ambientais que a ação pode trazer.
Fonte: Olhar Digital