Um asteroide com cerca de quatro metros de diâmetro passou “raspando” por nosso planeta na manhã desta segunda-feira (12). Batizado de 2021 GW4, o objeto chegou a apenas 26.200 quilômetros de distância de nós, menos de um décimo da distância média entre a Terra e a Lua, e mais próximo do que satélites em órbita geoestacionária.
Apesar da pouca distância, nunca corremos nenhum perigo. Isso porque um asteroide com esse tamanho não consegue sobreviver ao choque e calor da reentrada em nossa atmosfera, e geralmente se desintegra antes de atingir o solo.
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Em comparação, estima-se que o meteoro de Chelyabinsk, que caiu na Rússia em 2013, tinha tamanho estimado entre 17 e 20 metros. Já o meteoro que causou o evento de Tunguska, em 1908, tinha tamanho estimado em 100 metros.
2021GW4 foi descoberto em 8 de abril deste ano por astrônomos trabalhando no Monte Lemmon, na Califórnia. Eles são parte de um projeto chamado Catalina Sky Survey que, só neste ano, já identificou mais de 500 novos asteroides.
Até o momento, a Nasa já identificou mais de 25.500 asteroides próximos da Terra (NEOs, Near-Earth Objects), a maioria dos quais é pequena demais para oferecer qualquer risco ao nosso planeta e à vida que o habita.
Entendendo o perigo dos asteroides
Entretanto, alguns destes objetos são classificados como “Objetos Potencialmente Perigosos” (PHOs, Potentially Hazardous Objects). Recebem este nome quaisquer objetos, sejam asteroides ou cometas, cuja órbita intersecte a da Terra a uma distância de 7,5 milhões de quilômetros (19,5 vezes a distância entre a Terra e a Lua) ou menos e tenham um diâmetro de cerca de 140 metros ou mais.
São grandes o suficiente para causar “devastação regional sem precedentes na história humana” em caso de impacto com o solo, ou imensos tsunamis caso caiam no oceano. Mas um impacto destes ocorre, em média, uma vez a cada 10 mil anos.
O risco de impacto não é considerado na classificação de um asteroide como PHO. Todos são constantemente monitorados por astrônomos, e aqueles cuja órbita representa um risco de impacto, por menor que seja, são adicionados a um banco de dados conhecido como Sentry (Sentinela). Por exemplo, o asteroide 2000 SG344 tem 101 probabilidades de impacto listadas no Sentry. Mas a maior delas, em 16 de setembro de 2071, é de 0,00091%.
Fonte: Olhar Digital