Missão DART: James Webb registrou impacto com o asteroide; confira

Após a colisão da missão DART (Double Asteroid Redirect Mission) com o asteroide Dimorphos, que o Olhar Digital transmitiu ao vivo (assista aqui), foi revelado que, além de ter sido registrado por uma câmera a bordo da nave, por um satélite italiano e até por observadores em Terra, o Telescópio Espacial James Webb também registrou o ocorrido.

Por enquanto, as imagens do James Webb da colisão, que gerou uma grande nuvem de detritos, ainda são brutas, e a Nasa provavelmente divulgará fotos mais nítidas nos próximos dias. No entanto, já é possível visualizar imagens da colisão capturadas pelo James Webb:

Apesar de ter registrado a colisão da Missão DART com o Dimorphos, o James Webb não foi projetado para observar este tipo de evento, mas sim galáxias e estrelas com dimensões gigantescas. Dada a distância, o telescópio espacial não foi capaz de captar detalhes da superfície do asteroide.

O Dimorphos tem 163 metros de largura, enquanto o Didymos tem 780 metros, o que representa tamanhos muito pequenos para os poderes infravermelhos do James Webb. No entanto, o projeto brasileiro Céu Profundo montou um vídeo impressionante utilizando o método time lapse com as imagens do James Webb:

Apesar das aparências, o ponto preto ao centro não se trata da nave, mas sim de uma falha nos registros, causada pelo brilho extremo emitido na colisão. As imagens foram capturadas pelo instrumento NIRCam (Near Infrared Camera, ou “câmera de infravermelho próximo”) do James Webb.

Entenda a missão DART da NASA

Lançada no dia 24 de novembro do ano passado, a bordo de um foguete SpaceX Falcon 9, a missão DART (sigla em inglês para Teste de Redirecionamento de Asteroide Duplo) tinha como objetivo atingir um sistema binário composto por dois asteroides: Didymos, com 780 metros de diâmetro, e sua “lua” Dimorphos, quase cinco vezes menor.

Daqui a aproximadamente quatro anos, o projeto Hera da Agência Espacial Europeia realizará pesquisas detalhadas de Dimorphos e Didymos, com foco particular na cratera deixada pela colisão do DART e uma medição precisa da massa de Dimorphos.

Fonte: Olhar Digital