A empresa Colonial Oleoduto começou a retomar nesta quarta-feira (12/05) as operações da maior rede de oleodutos na costa leste do país. O sistema ficou paralisado por cinco dias após um ataque cibernético, no pior atentando do tipo contra a infraestrutura dos Estados Unidos.
A retomada das atividades na rede que possui 8.850 quilômetros está sendo feita de maneira gradual e a Colonial afirmou que ainda levará vários dias para que o abastecimento volte ao normal. A empresa transporta até 2,5 milhões de barris de gasolina, gasóleo e combustível de aviação por dia das refinarias no Golfo do México para as grandes cidades no sul e leste dos Estados Unidos, abastecendo cerca de 50 milhões de consumidores.
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Em nota, a empresa informou que reiniciou as operações por volta às 17h (horário local) e se comprometeu a trabalhar ao máximo até que o abastecimento volte ao normal.
A paralisação levou a uma corrida a postos de gasolina, gerando filas em diversas cidades. A gasolina começou a falta em vários postos em diversas regiões. O porta-voz da Casa Branca chegou a pedir que os consumidores evitem estocar combustíveis e comprem apenas o necessário.
O Departamento americano de Transportes e a Agência de Proteção Ambiental dos EUA flexibilizaram temporariamente regulamentos sobre transportes de combustíveis para tentar aliviar a crise de abastecimento nos estados afetados.
Pagamento de resgate
O ataque cibernético ao sistema da Colonial ocorreu na sexta-feira passada. A empresa afirmou ainda que o ataque envolveu um ransomware, um malware que bloqueia os sistemas de computação e para libertá-los é exigido o pagamento de regaste.
Segundo uma reportagem do jornal americano The Washington Post, a Colonial não pretendia pagar o regaste e estaria trabalhando com especialistas em segurança cibernética para restaurar o sistema.
O FBI afirmou que a quadrilha cibernética conhecida como DarkSide estaria por trás dos ataques ao oleoduto. O grupo teria profissionalizado uma indústria criminosa de ataques com ransomware que custaram bilhões de dólares aos países ocidentais nos últimos três anos.
O DarkSide afirma que, em seus ataques, visa apenas grandes empresas e doa parte dos resgastes obtidos para caridade. Segundo especialistas, o grupo seria formado por cibercriminosos veteranos, voltados a extrair o máximo de dinheiro das vítimas.
Fonte: Deutsche Welle