A startup espanhola Novameat encontrou um jeito curioso, mas muito high-tech, para atender ao público vegetariano. A empresa está desenvolvendo desde 2018 bifes em 3D e espera que o produto chegue às prateleiras dos supermercados já em 2022.
O objetivo é atender não apenas ao público final, os consumidores, como também restaurantes interessados nesse tipo de carne vegetal, afirmou o diretor de desenvolvimento de negócios, Alexandre Campos, à Agência Reuters.
“[Buscamos] substituir a carne animal por algo melhor para o planeta, para nós e para os animais”, disse o executivo.
A companhia apresentou uma pequena degustação do produto na Mobile World Congress (MWC), feira de tecnologia que acontece nesta semana em Barcelona.
De acordo com alguns participantes que testaram o produto, o sabor impressiona. “Não tem a característica de um bife tradicional, mas fiquei surpreso positivamente porque não esperava que a textura seria tão próxima”, disse Ferran Gregori, um dos participantes da feira.
Campos explica que a tecnologia engloba a criação de receitas, além do uso de impressão 3D para criar os bifes. Nesse sentido, os ingredientes são introduzidos na impressora por meio de cápsulas, uma técnica que torna o processo de produção mais barato que a produção tradicional em massa.
Para se ter uma ideia, a título de comparação, a produção pela Novameat chega a criar um volume de 500 quilos de produtos por hora. Se o modelo for considerado de sucesso, ele poderá ser replicado em escalas e máquinas maiores.
Ainda de acordo com o executivo, a intenção é fazer com que o produto tenha mais características sensoriais da carne tradicional. Para isso, a startup pretende recriar fibras musculares da carne animal usando ingredientes produzidos 100% a partir de plantas.
Outras startups com o mesmo projeto
A Novameat não é a única startup a desenvolver um bife impresso via 3D.
A israelense Redefine Meat anunciou em março que começaria a testar o Alt-Steak, seu bife à base de plantas também feito em impressão 3D, em restaurantes selecionados, antes de apostar em uma distribuição em larga escala.
Segundo a Redefine Meat, o produto tem impacto ambiental 95% menor do que a produção de carne bovina.
Fonte: Olhar Digital