Parlamentares dão aval para governo de Olaf Scholz contrair dívidas para pagar subsídios voltados a conter impactos do aumento dos preços de gás e energia elétrica.
O Parlamento alemão, Bundestag, aprovou nesta sexta-feira (21/10) os planos do governo da Alemanha para a criação de um fundo de 200 bilhões de euros para medidas contra a crise energética. O montante será utilizado em subsídios para famílias e empresas voltados a reduzir o impacto da explosão dos preços de energia.
Para o fundo, os parlamentares deram aval ao governo para contrair novas dívidas. A exceção ao mecanismo previsto na Constituição alemã que proíbe o governo de contrair dívidas para bancar o orçamento só é possível em situações de emergência excepcionais. Essa é a segunda vez neste ano que o Bundestag aprova esse tipo de medida.
A proposta foi aprovada pelos parlamentares dos partidos que formam a coalizão de governo: Partido Social-Democrata (SPD), Partido Verde e Partido Liberal Democrático (FDP). A bancada conservadora, formada pela União Democrata Cristã (CDU) e União Social Cristã (CSU), voltou contra. A Esquerda e os ultradireitistas do Alternativa para a Alemanha (AFD) se abstiveram.
O chanceler federal alemão, Olaf Scholz, comemorou a aprovação e disse que a decisão é “uma boa notícia para todos que se preocupam com os custos dos seus serviços e para pequenas empresas”.
Detalhes sobre o pacote de subsídios ainda não foram finalizados. Porém, está previsto que o fundo dure até 2024 e financie custos com energia elétrica e um teto no preço do gás. Uma das propostas prevê que o governo assuma a conta de gás das residências alemãs de dezembro e subsidie parte do valor para os meses seguintes.
A maior economia da Europa tenta lidar com a explosão dos preços do gás e eletricidade causada, em grande parte, pelo colapso do fornecimento de gás pela Rússia. Até 2021, a Rússia fornecia 55% do gás utilizado no país. Nos últimos meses, Moscou vem cortando o envio para a Europa em resposta às sanções impostas contra o Kremlin devido à invasão da Ucrânia.
Fonte: Deutsche Welle