Uma parceria entre a Companhia paranaense de energia elétrica, Copel, e a Itaipu, na região de Foz do Iguaçu, no sudoeste do estado do Paraná, incentiva os agricultores a aproveitar os dejetos animais para a produção de energia. Um projeto-piloto foi implantado em algumas propriedades com a finalidade de distribuir a energia gerada a partir da biodigestão.
Esta semana, durante reunião com diversas secretarias de estado, o projeto foi apresentado pelo diretor de engenharia da Copel, Luiz Antonio Rossafa. “O gás metano é transformado em energia elétrica e pode ser consumido pelo produtor, trazendo a vantagem de não ter que comprar a energia do distribuidor, e ele ainda pode vender o excedente”, explica o diretor.
As vantagens também foram destacadas pelo presidente da Copel, Rubens Ghilardi, “é uma sobra que antes era queimada. Essa sobra passa a gerar energia e a Copel adquire para colocar em seu sistema” afirma.
Para Rossafa a iniciativa é uma solução para um passivo ambiental, gerado pela produção animal. Um resíduo que seria lançado no ambiente é processado em condições sanitárias adequadas, “todos os nutrientes químicos desses dejetos são reciclados sem nenhum custo adicional”, completa, “cuidarmos bem do ambiente significa cuidar do insumo mais importante para a agricultura, que é a água”.
No início do mês a Copel assinou seis contratos para aquisição do excedente de energia, totalizando 524 quilowatts de potência, o suficiente para atender 130 residências.