Danielle Jordan / AmbienteBrasil
A venda de poncãs com folhas e ramos foi proibida no Paraná. A medida que proíbe ainda o tráfego do produto dessa maneira, atende a legislação federal. Em janeiro deste ano o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, orientou que o trânsito interestadual de frutos cítricos com folhas e ramos fosse interrompido para evitar a disseminação da MPC (Mancha Preta dos Citros).
A doença foi detectada em 2006 na região de Cerro Azul (PR). Todos os envolvidos na cadeia produtiva estão sendo informados da decisão e recebendo orientações. As medidas sanitárias vão impedir a disseminação da doença e os produtores estão recebendo orientações para que o produto tenha valor agregado, com instalações de “packings house”, onde se trata a fruta e para a padronização das caixas.
Produtores do estado tentaram negociar a revogação da medida, mas a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento optou por manter a proibição e atender a determinação federal. “O que nos resta fazer, no momento, é adotar a medida com menos trauma possível”, afirmou o secretário da Agricultura Valter Bianchini.
Cerro Azul é o maior produtor nacional de poncãs, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2006. São sete milhões de caixas produzidas anualmente.