Um estudo realizado pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Esalq, da Universiddae de São Paulo, USP, em Piracicaba, revelou que a integração da lavoura com a agropecuária, ILP, pode contribuir com a redução da emissão de gases do efeito estufa, GEE, no Brasil.
De acordo com a pesquisa, o uso da terra e a agricultura respondem por 60% das emissões. Para a realização do levantamento foram coletadas amostras de solo e de GEE entre 2005 e 2010. As amostras foram analisadas com objetivo de calcular os fluxos de gases e a as taxas de sequestro de carbono do solo.
“Nós já sabemos que, bem manejada, a pastagem acumula carbono no solo, mas quando associada aos sistemas de ILP não tínhamos os valores exatos”, disse o engenheiro agrônomo responsável pelo trabalho, João Luiz Nunes Carvalho.
A pesquisa foi realizada nos estados de Rondônia, Mato Grosso e Goiás e foi financiada pela Fundação de Amparo a Pesquisa no Estado de São Paulo, Fapesp.
O estudo apontou que a implantação da integração em áreas anteriormente sob Sistema de Plantio Direto com milho e soja apresentou aumentos no estoque de carbono do solo de 0,82 a 2,58 toneladas por hectare por ano. As conclusões revelaram que a mitigação na emissão de gases é um efeito direto do ILP e em grandes proporções.
“Na integração, há uma soma dos benefícios do plantio direto, somada aos pontos positivos da pastagem, o que conduz a elevação do carbono no solo e a redução drástica de emissão de gases”, concluiu Carvalho.
*Com informações da Esalq/USP.