EXCLUSIVO: Pesquisa avalia potencial de planta exótica para a cura da Malária

Um pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, INPA, está avaliando a utilização da Artemisia annua L., planta de origem asiática, para o tratamento da malária.

A doença preocupa, principalmente devido aos altos índices registrados na Amazônia. Buscando alternativas ao tratamento, o biólogo e mestre em Ciências Agrárias, Jone Libório Uchôa Carneiro, desenvolveu a pesquisa “Efeito de diferentes tipos de solos com adição de solução nutritiva na produção de biomassa e teor de artemisinina em Artemisia annua L.”, por intermédio do Programa em Agricultura no Trópico Úmido, do Inpa.

Os estudos foram realizados na casa de vegetação da Coordenação de Pesquisas em Ciências Agronômicas do Inpa, entre os meses de outubro a dezembro de 2009. Foram experimentados cinco tipos de solos da Amazônia Central, com e sem aplicação de solução nutritiva.

A pesquisa revelou que as plantas cultivadas em solo de Terra Preta, com a aplicação da solução nutritiva apresentaram maior produtividade tanto em biomassa, quanto diâmetro do caule, massa seca da raiz, número de folhas e rendimento de Artemísia. A solução nutritiva também reduziu o teor de alumínio tóxico nos dos solos.

“Por outro lado, as plantas cultivadas em solos sem aplicação de solução nutritiva apresentaram  um pH ácido e  baixo conteúdo nutricional. A alta acidez potencial dos solos indicaram que o teor nutricional foliar nas plantas cultivadas em Terra Preta, com a solução, apresentaram deficiência de Potássio, confirmada pela diagnose visual. A solução nutritiva utilizada causou indisponibilidade de nutrientes do solo à planta devido a sua composição”, explicou o pesquisador.
*Com informações da Agência Fapeam.