A razão pela qual amamos abelhas e odiamos marimbondos

As pessoas associam as abelhas com o "mel", "flor", "polinização". Já os marimbondos com "ferrão", "irritante", "perigoso".

Segundo os pesquisadores, os marimbondos são tão importantes quanto as abelhas, apesar de não produzirem mel
Segundo os pesquisadores, os marimbondos são tão importantes quanto as abelhas, apesar de não produzirem mel (Foto: GETTY IMAGES)

Que os marimbondos têm uma má reputação entre nós, isso não é novidade.

Em uma pesquisa, feita pela universidade britânica UCL (University City of London), com 750 pessoas de 46 países, foi detectado que os marimbondos, conhecidos por suas dolorosas picadas, estão entre os insetos mais odiados.

Para se chegar a esta conclusão, os pesquisadores perguntaram aos participantes quais eram os insetos que eles menos gostavam e os que mais gostavam, listando-os por ordem de preferência e pontuando-os em uma escala de -5 a +5. As notas mais negativas representavam um sentimento mais negativo em relação ao inseto e as mais positivas, o contrário.

Grande parte das pessoas que participaram da pesquisa categorizou as abelhas com nota acima de 3, enquanto os marimbondos receberam notas abaixo de -3 pela maioria.

As pessoas associam as abelhas com o “mel”, “flor”, “polinização”. Já os marimbondos com “ferrão”, “irritante”, “perigoso”.

Os marimbondos têm grande importância para o meio ambiente. São responsáveis pelo transporte dos grãos de pólen das flores e por matar pragas. Mas, infelizmente, não há pesquisas o suficiente que falem dos impactos positivos destes insetos ao meio ambiente. E isso contribui para que eles continuem com esta má fama.

Ao analisar estudos publicados ou divulgados sobre abelhas e marimbondos desde 1980, nota-se que 97,6% das pesquisas tratam sobre as abelhas.

A ausência de estudos tem retardado as estratégias de conservação dos marimbondos, cujos números estão reduzindo devido à perda de habitat e mudanças climáticas, de acordo com Alessandro Cini, da Universidade de Florença, que participou do estudo.

Fonte: BBC

Veja a reportagem completa em:
https://www.bbc.com/portuguese/geral-45571821