Resumo da Semana: 06 a 12 de outubro de 2019

O Ambientebrasil está estreando o Resumo da Semana: uma ferramenta para você conseguir acompanhar as principais notícias e artigos que foram publicadas durante a semana.

Gostou de alguma? Basta um clique para lê-la por completo.

Confira o resumo das principais notícias publicadas durante a semana.

Quanto vale uma baleia?

Esta jovem baleia jubarte vale milhões de dólares ao longo de sua vida, apenas por sua capacidade de capturar carbono e depositá-lo no fundo do oceano após sua morte.

O valor de uma baleia, de acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), pode ser mensurado a partir da habilidade que elas possuem de remover o carbono do oceano – serviço ecossistêmico que pode valer milhões de dólares por baleia.

Com artigo recente de publicação comercial na Finance & Development, uma equipe do FMI descreve como mais de 1,3 milhões de grandes baleias existentes nos oceanos da Terra – e com a restauração da população entre 4 e 5 milhões de indivíduos – poderiam ajudar a capturar cerca de 1,7 bilhão de toneladas de dióxido de carbono por ano – quantia superior as emissões anuais de carbono do Brasil.

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O pouco conhecido impacto negativo da energia eólica no Nordeste

Nordeste é responsável por 86% da produção de energia eólica do Brasil.

A reconhecida fonte limpa e renovável de energia, foi utilizada como base de estudo de pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), que analisam a mais de oito anos os possíveis impactos dos parques eólicos no bioma Caatinga, ecossistema caracterizado pela maior sensibilidade a alterações do ambiente.

A pesquisa que abrangeu toda a Caatinga, corresponde a uma área de mais de 800 mil km², e todos os mais de 6 mil aerogeradores atualmente instalados e os quase 15 mil a serem construídos, buscou identificar impactos como a ocorrência de acidentes com aves e supressão de vegetação em áreas de interesse a conservação. Tal análise foi utilizada como base para entender a dinâmica dos empreendimentos e propor medidas de planejamento que auxiliam no incentivo ao aumento de empreendimento eólicos, aliados a preservação ambiental.

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A floresta submersa que pode ajudar a reconstruir catedral de Notre-Dame

Fogo na catedral de Notre-Dame, em abril; empresa ganense fez proposta de fornecimento de matéria-prima para reconstrução.

Madeira vinda de uma vasta floresta submersa de Gana, no oeste da África, pode se transformar em matéria-prima para a reconstrução da catedral parisiense de Notre-Dame, consumida parcialmente por um incêndio em abril.

A madeira, segundo a empresa que possui concessão para exploração, argumenta que a solução seria ambientalmente mais correta, por utilizar árvores já deterioradas e de maior qualidade em termos de resistência, pela madeira já ter iniciado o processo de fossilização. O tema está dividindo especialistas, visto desde uma solução genial, até um impacto desastroso ao ecossistema onde as árvores estão inseridas, no lago Volta, da represa ganense de Akosombo.

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Prêmio Nobel de Medicina: pesquisa que mostra como células ‘sentem’ nível de oxigênio é premiada

Cientistas do Reino Unido e dos EUA mostraram como as células do corpo “sentem” o nível de oxigênio.

Três cientistas, ganhadores do prêmio Nobel de Medicina deste ano, descobriram como as células “sentem”, se adaptando às mudanças de disponibilidade de oxigênio no corpo em momento como na prática de atividades físicas, permanência em áreas de altas altitudes, quando nos machucamos e até no desenvolvimento de um bebê no útero.

Esta descoberta, cria novas oportunidades de estudos para tratamentos contra a anemia e câncer, pois a regulação do oxigênio pelo corpo pode estimular a produção de novos glóbulos vermelhos e até mesmo na construção de novos vasos sanguíneos.

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Mancha de petróleo avança no Nordeste e biólogos temem que afete reprodução de baleias

Manchas de óleo que chegam continuamente no litoral desde setembro já atingiram todos os nove estados da região Nordeste e com avanços significativos para a região Sul do Brasil. Ainda de origem desconhecida, organizações e instituições trabalham para identificar a fonte e características das manchas, que aparentam ser de petróleo em sua forma bruta.

O Instituto Tamar suspendeu a soltura de tartarugas marinhas e especialistas temem que a poluição se espalhe ainda mais e chegue a prejudicar a reprodução de animais, entre eles os golfinhos e baleias jubarte. O Instituto Biota de Conservação criou o aplicativo BiotaMar, onde moradores podem registrar as ocorrências no litoral por meio de fotos para solicitar apoio especializado.

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Ocean Cleanup faz história ao coletar sua primeira leva de plástico da ilha gigante de lixo do Pacífico

A organização não governamental Ocean Cleanup coletou com sucesso uma primeira leva de plástico de uma grande ilha de lixo no meio do Oceano Pacífico.

A organização não governamental holandesa Ocean Cleanup, coletou com sucesso a primeira leva de lixo de uma grande ilha de lixo, localizada no meio do Oceano Pacífico. A ilha, que recebe detritos jogados ao mar devido a correntes marítimas, recebeu em 2008 a estimativa de acumular mais de 680 mil quilômetros quadrados de lixo, isso equivale aos territórios de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo juntos.

A notoriedade da conquista se dá pelo projeto utilizar as forças naturais do oceano para concentrar e capturar os lixos acumulados, otimizando as ações necessárias para recolher e reciclar adequadamente os materiais. A organização pretende reduzir de milhares de anos, estimados por cientistas para solucionar o problema, para menos de dez anos.

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Cientistas criam “vacina” para prevenir queimadas florestais

Pesquisadores dos EUA criaram “vacina” para prevenir queimadas (Foto: Pixabay)

A criação por pesquisadores dos Estados Unidos de um gel a base de polímero de celulose, que funciona como uma “vacina” para prevenir incêndios florestais ganhou destaque como solução para queimadas.

O material derivado de plantas, gruda na vegetação mesmo na chuva ou vento e conjugado com polifosfato de amônio, permite que funcione como um “velcro molecular” evitando o contato das chamas com as plantas.

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Fundação alemã liderada por crianças e jovens cria aplicativo para reflorestamento global

“Ampla restauração exige que alcancemos um grande número de pessoas, de maneira econômica e rápida”, afirmou Inger Andersen, diretora-executiva do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). Tendo este pensamento, a fundação alemã Plant-for-the-Planet (“Plante pelo Planeta”), criada por crianças e jovens em janeiro de 2007, desenvolveu o aplicativo Plant-for-the-Planet, que permite que pessoas do mundo inteiro plantem árvores com apenas alguns cliques.

Neste aplicativo, o usuário escolhe projetos de reflorestamento de organizações atuantes na área para apoio no financiamento direto aos plantadores. Através do chamado “plante sua própria floresta”, o movimento ajuda também a implementar as metas do Desafio de Bonn – esforço mundial para recuperar 150 milhões de terras desmatadas no planeta até 2020.

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Campanha britânica pede a redes de fast-food boicote contra soja brasileira de área desmatada

Grande parte da soja importada pelo Reino Unido é usada para alimentar animais.

Os britânicos, que em 2018 importaram aproximadamente 761 mil toneladas em soja brasileira, equivalente a R$ 1,2 bilhão, iniciaram campanha para boicote da soja pelas redes de fast-food, através da organização não governamental Greenpeace.

De acordo com a campanha e da Iniciativa de Comércio Sustentável (STI, na sigla em inglês), do montante importado, apenas 14% possui certificação de “desmatamento zero”, uma das menores taxas da União Europeia.

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Chegada de óleo ameaça fauna, flora e sustento de famílias na foz do rio São Francisco

Mancha de óleo virando uma pasta dura, afundando na foz do rio São Francisco; “É uma importante área de pesca, de alimentação e de desova para diversas espécies”, diz pesquisador.

A região da foz do São Francisco é uma importante área de pesca, de alimentação e de desova para diversas espécies. Há espécies migratórias — como aves e alguns cetáceos, como a baleia jubarte, que acabou de passar a temporada perto dessa região — e também é área de reprodução de tartarugas marinhas. Lá é a principal área de desova da tartaruga oliva, por exemplo”, explica o professor de engenharia de pesca Cláudio Sampaio da Universidade Federal de Alagoas (Ufal).

Especialistas temem o agravamento do impacto devido ao fenômeno de salinização do rio, que faz com que a água do oceano, na maré alta, avance alguns quilômetros adentro do rio São Francisco e levem consigo as manchas de óleo. Do lado sergipano, a Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema), planeja instalar boias para evitar a contaminação dos rios da região.

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Quem pode ser responsabilizado pelo vazamento de petróleo nas praias do Nordeste?

Relatório da Petrobras mostra que resíduos são mistura de óleos da Venezuela.

Apesar das circunstâncias do vazamento de petróleo ainda não serem exatas, a propagação e escala do impacto nas costas brasileiras é evidente. Em relatório divulgado pela Petrobras, que analisou as manchas de óleo em 138 áreas do litoral, o material é uma mistura de óleos de origem venezuelana.

Em trabalho conjunto da Marinha e órgãos federais e estaduais a causa do acidente está sendo analisado frente a três hipóteses: naufrágio de embarcação, despejo criminoso ou acidente na passagem de óleo de um navio para o outro.

Em entrevista junto a BBC News, foram ouvidas especialistas em Direito Marítimo Internacional, que descreveram os horizontes e possibilidades de atuação do governo brasileiro quanto aos responsáveis pelo vazamento de petróleo. Para isso, ressaltam que é necessário chegar a respostas conclusivas quanto: o local exato do vazamento, se ocorreu em águas nacionais ou internacionais, detalhamento dos responsáveis pela embarcação, dentre outros fatores.

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Na terra indígena mais ameaçada do Brasil, base da Funai é destruída, e ninguém sabe quem cometeu o crime

Estrutura construída para fiscalização foi destruída; paredes estão queimadas e vidros quebrados — Foto: Fábio Tito/G1

Posto de fiscalização da Fundação Nacional do Índio (Funai) localizado na terra Karipuna (Rondônia), construído em 2016 por uma empresa como ação de compensação ambiental foi destruído. A área desde 2014 passou a apresentar um grande número de focos de queimadas, já tendo sido computado mais de 20 km² de floresta derrubadas.

Segundo o indígena Batiti Karipuna, o prédio já havia sido queimado e depredado, mas a vegetação ao redor ainda estava preservada. Com o aumento do desmatamento nos anos de 2017 e 2018, a floresta ao redor também foi reduzida. Em fevereiro de 2018 o Cimi (Conselho Indigenista Missionário) e o Greenpeace denunciaram a depredação do prédio para o Ministério Público, porém o caso não foi levado à justiça devido a não identificação dos suspeitos. Agora novamente inicia-se a busca e identificação dos responsáveis pela depredação da construção e suas redondezas.

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