BRASÍLIA – O Prêmio Jovem Cientista vai destacar em sua 29ª edição a conservação da natureza e a transformação social por meio da inovação. O termo de parceria para a realização do prêmio foi assinado nesta terça-feira no gabinete do ministro de Ciência e Tecnologia, Gilberto Kassab, com a presença do secretário-geral da Fundação Roberto Marinho, Hugo Barreto Filho, do presidente da Fundação Grupo Boticário, Miguel Krigsner, e do presidente do Banco do Brasil, Paulo Rogério Caffarelli.
O tema do prêmio nessa edição é “inovações para a conservação da natureza e transformação social”. Serão abordadas 11 linhas de pesquisa para estudantes de nível superior, mestrado e doutorado e outras 6 linhas para alunos do ensino médio. Os prêmios individuais variam de um laptop até R$ 35 mil. Duas instituições de ensino, uma de nível superior e outra de nível médio, receberão R$ 40 mil cada como premiação. As inscrições serão abertas em janeiro de 2018, a entrega dos trabalhos deve ocorrer até julho e a premiação ocorrerá em novembro do próximo ano.
O ministro Gilberto Kassab destacou a importância da retomada da premiação, após dois anos de intervalo, por ver na ciência e na inovação caminhos para o desenvolvimento do país.
– Essa iniciativa gera no jovem a vontade de participar, a vontade de vestir a camisa de cientista, o que é fundamental. O Brasil precisa investir em pesquisa, ciência e inovação porque esse é um dos principais caminhos para a retomada do desenvolvimento – disse Kassab.
O secretário-geral da Fundação Roberto Marinho destacou que a motivação gerada nos jovens pelo prêmio faz com que eles vejam a ciência como uma possibilidade de futuro e não apenas um hobby no ambiente escolar.
– Nós, da Fundação Roberto Marinho e do Grupo Globo, acreditamos na educação como um valor fundamental para a sociedade. A gente entende que esse prêmio pode ser uma ponte fundamental para o adolescente na escola despertar seu interesse pela ciência. A ciência não apenas como um hobby naquele período escolar, mas como um caminho de ascensão profissional, pessoal e familiar. É fundamental iluminar esses jovens talentos brasileiros para que se interessem pela ciência e pela tecnologia – destacou Barreto Filho.
O presidente da Fundação Grupo Boticário, por sua vez, destacou que o grupo atua há 27 anos na área de preservação ambiental e observou que a retomada da premiação pode evitar que jovens talentos sigam para buscar oportunidades em outros países.
– O prêmio vai motivar pequenos cientistas e fazer também um trabalho para que não se perca tanta gente competente que tem saído do país em busca de oportunidades – destacou Miguel Krigsner.
O presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, Mário Neto Borges, ressaltou em sua fala o sucesso alcançado por diversos jovens premiados em edições anteriores. Ele destacou o fato do engenheiro Rico Malvar, hoje cientista-chefe da Microsoft ter vencido a primeira edição da premiação em 1981.
– O talento e a criatividade estão em qualquer lugar do Brasil, em pessoas de qualquer gênero e nós buscamos descobrir. Os vencedores desse prêmio tem tido uma carreira brilhante – afirmou Borges
Fonte: O Globo