O Brasil ganhou nesta quarta-feira (9) o primeiro Banco de DNA de espécies vegetais. O arquivo de amostras genéticas coletadas em áreas ambientais já degradadas, como a Mata Atlântica, e que será útil para pesquisas, desenvolvimento e fabricação de medicamentos fica no Jardim Botânico do Rio de Janeiro e foi inaugurado pela ministra do Meio Ambiente Marina Silva.
O espaço era uma antiga reivindicação dos pesquisadores do Jardim Botânico, mas, conforme frisou a ministra, só foi construído com o esforço dos funcionários e a parceria da Fundação Banco do Brasil, que investiu R$ 400 milhões.
“Hoje nós vivemos uma economia de escassez não só no meio ambiente, mas nos países em desenvolvimento de um modo geral. Então, quando se pode associar aos recursos disponíveis a competência, a dedicação e o amor por aquilo que se faz é como diz o presidente Lula, R$ 1 vira R$ 2 e é com esse capital humano dedicado, competente, esforçado que nós enfrentamos algumas dificuldades”, disse Marina.
Além do laboratório, a ministra reinaugurou a estufa de plantas carnívoras, que tem como atração a réplica do dirigível Zeppelin suspensa em sua cúpula para lembrar que foi ele quem trouxe, em 1935, da Alemanha as primeiras espécies de plantas insetívoras para o Jardim Botânico do Rio.
Marina Silva também plantou uma muda da espécie Tibouchina marinae, encontrada no Espírito Santo e nomeada em sua homenagem.
Ainda em comemoração à Semana do Meio Ambiente no Jardim Botânico do Rio, Marina Silva ministrou a aula inaugural do curso Monitores do Jardim para 40 alunos da rede pública de ensino com idades entre 16 e 20 anos e participou da apresentação do projeto FAP – Fundo de Áreas Protegidas, a mais nova iniciativa para a conservação da biodiversidade amazônica. O projeto é parte do Programa Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa), que é desenvolvido pelo governo em parceria com organizações da sociedade civil e a entidade ambientalista WWF-Brasil. (Abr)