Satélites vão monitorar todos os biomas do país

O diretor de Proteção Ambiental do Ibama, Flávio Montiel, informou ontem que o Ibama contará, em breve, com imagens de satélite de todos os biomas do Brasil – não só da Amazônia, como hoje. Um contrato, a ser assinado pelo Ibama com empresas da Índia e da Inglaterra, dará acesso a imagens da Mata Atlântica, Pantanal, Cerrado. Com o novo recurso tecnológico, o órgão amplia e aprimora o trabalho de fiscalização das florestas e matas brasileiras.

O uso do sensoriamento remoto para os novos biomas, definido em decreto, faz parte de uma estratégia mais ampla do Ministério do Meio Ambiente e do Ibama, que, a partir de 2006, desencadearão um plano de preservação e fiscalização daqueles três biomas, a exemplo do que foi posto em andamento em 2003, em relação à Amazônia.

Ainda não há data para começo do fornecimento das imagens. A estimativa é o primeiro semestre do próximo ano. “Saltaremos de um sensoriamento remoto sobre cinco milhões de quilômetros quadrados (Amazônia Legal) para nove milhões de quilômetros quadrados, margeando fronteiras de países vizinhos”, explicou Montiel.

Como os novos biomas a serem monitorados possuem topografia e geomorfologia diferentes da Amazônia e entre si, o Ibama e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) estudam a adoção de sistemas de “leitura” diferentes do atual (Deter), que mapeia a Amazônia. Além daquelas peculiaridades, o corte das matas é igualmente diferenciado, o que impõe sensoriamentos específicos. Enquanto na Amazônia prevalece o corte raso, na Mata Atlântica, por exemplo, o corte é “pingado”.
(Fonte: Rubens Amador / Assessoria Ibama)