São Paulo – De acordo com um alerta feito pela FAO, fundo da Organização das Nações Unidas para a agricultura e a alimentação, o sacrifício de aves selvagens não é eficiente para conter a disseminação da gripe aviária. Segundo a organização, a principal medida é o controle da doença entre aves domésticas.
O alerta foi feito após a notícia de que o Vietnã estava sacrificando aves selvagens na cidade de Ho Chi Minh por precaução contra a doença. “Isso (o sacrifício de aves selvagens) não deve dar nenhuma contribuição significativa para a proteção de humanos contra a gripe aviária”, disse Juan Lubroth, especialista da FAO em doenças animais.
Foco de atenção – Segundo ele, há outras medidas mais importantes. “Combater a doença nas aves de criação deve permanecer o principal foco de atenção”, disse.
“As espécies de pássaros selvagens encontradas nas cidades e em seus arredores são diferentes dos pássaros de áreas pantanosas que foram identificados como portadores do vírus da gripe aviária”, explicou Lubroth.
A agência havia alertado anteriormente que o subtipo mortal do vírus da gripe (H5N1), que já atingiu vários países asiáticos, pode chegar, levado por aves aquáticas migratórias, ao Oriente Médio, à Europa, ao sul da Ásia e à África, e provocar uma pandemia.
Até agora, já foram identificados 132 casos de gripe aviária em países asiáticos, 68 deles fatais. Acredita-se que todos os casos tiveram transmissão entre pássaros e humanos, mas a Organização Mundial da Saúde teme que o vírus possa sofrer uma mutação e passar a ser transmitido entre humanos.
Segundo Lubroth, o controle do vírus entre as aves de criação é a maneira mais efetiva de evitar que o vírus H5N1 se transforme em um vírus capaz de ser transmitido entre humanos.
Fonte: BBC Brasil