Foram arrematados todos os sete projetos de empreendimentos hidrelétricos ofertados na primeira fase do leilão de energia nova, que acontece desde o início da manhã desta sexta-feira (16), no Rio de Janeiro. Os investimentos previstos são de R$ 3,27 bilhões. Entre as empresas vencedoras, apenas uma é estrangeira – a Iberdola, dona da Neoenergia.
A usina Baguari (MG), com 140 MW, foi arrematada pelo Consórcio Baguari, formado pelas empresas Cemig Geração e Transmissão, Furnas Centrais Elétricas e Neoenergia. A usina Passo São João (RS), com 77 MW, foi arrematada pela Eletrosul.
Quem levou a hidrelétrica São José (RS), com 51 MW, foi a Alusa Engenharia. A hidrelétrica Simplício e Anta (entre MG e RJ) com potência de 333,7 MW, foi arrematada por Furnas Centrais Elétricas. A usina Retiro Baixo (MG), com 82 MW, pela Orteng Equipamentos e Sistemas. A usina de Foz do Rio Claro (GO), com 68,4 MW, foi arrematada pela Alusa Engenharia, e a hidrelétrica Paulistas (entre GO e MG), com 52,5 MW, por Furnas Centrais Elétricas.
Esse resultado não significa que os investidores já têm garantida a concessão para a construção das usinas. Eles ganharam o direito de participar da segunda fase, que começou por volta das 14h30. Nesta fase, eles precisam comercializar pelo menos 30% da energia produzida pelas usinas.
Da segunda etapa, participam os vencedores da primeira fase, novos empreendimentos termelétricos, pequenas centrais hidrelétricas e projetos de ampliação ou importação de energia. Também negociam projetos concedidos ou autorizados até 16 de março de 2004, que entraram em operação comercial a partir de janeiro de 2000, cuja energia estava sem contratação até 16 de março de 2004.
Garante participação na terceira e última etapa do leilão quem oferecer o menor valor para cobrança da tarifa. Nesta fase, a energia será negociada diretamente com os compradores. Segundo os organizadores do leilão, os participantes estão isolados desde o início da manhã, em quartos que ocupam oito andares de um hotel em Ipanema, zona sul do Rio. Eles não têm qualquer acesso a informações externas para evitar combinações entre eles. (Thaís Leitão/ Radiobrás)