Um novo método para medir bacias hidrográficas poderá ajudar a pôr fim a dúvida sobre qual é, afinal, o maior rio do mundo: Nilo ou Amazonas?.
Desenvolvido no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), órgão do Ministério de Ciência e Tecnologia, com o apoio da Organização Ambiental e Expedições Científicas (AMBI) e do Banco da Amazônia (BASA), o método utiliza o sensoriamento remoto, tecnologia de observação da Terra por satélites.
Segundo informações da Assessoria de Imprensa do INPE o estudo acompanhou o curso do Nilo desde o delta no Mar Mediterrâneo até o Lago Vitória, em Uganda, e a medida chegou a 5.714 km. A análise preliminar feita sobre as imagens do trecho do rio aponta que pelo menos 900 km devam ser somados ao valor apontado até o Lago Vitória.
Assim, o comprimento do Rio Nilo ficaria em torno de 6.614 km, resultado ligeiramente menor, portanto, que a extensão conhecida de 6.670 km. Esta diferença pode estar associada à perda em comprimento provocada pela construção do Lago Nasser gerado pela Represa de Aswan.
Os pesquisadores Paulo Roberto Martini e Valdete Duarte, da Divisão de Sensoriamento Remoto do Inpe, responsáveis pelo desenvolvimento da nova metodologia, estão fazendo o mesmo estudo com o rio Amazonas.
Os pesquisadores do Inpe destacam que a grande vantagem no uso das imagens de satélites de sensoriamento remoto e suas tecnologias associadas é que o método se torna universal, podendo ser aplicado a qualquer rio do Planeta, sem necessidade de percorrer todo o trecho do rio para tomar medidas topográficas.
Informações Agência CT
(Fonte: JB Online)