Sem investimento, áreas protegidas são desperdiçadas

Iguaçu, Itatiaia, Tijuca. Esses são alguns dos 60 parques nacionais brasileiros, dos quais 23 acolhem oficialmente visitantes. E, entre os “fechados” à visitação, estão Chapada Diamantina e Jericoacoara, freqüentados não oficialmente, sem taxa de entrada.

Segundo decreto de 1979, parques nacionais são áreas “dotadas de atributos naturais excepcionais, objeto de preservação permanente”.

Com poucos funcionários, vários carecem de estrutura para receber o ecoturista. Nem todos têm plano de manejo e recebem 1 milhão de pessoas por ano, como o do Iguaçu.

O parque mais antigo é o de Itatiaia, na divisa de Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. Com um décimo das visitas do parque do Iguaçu, receberá R$ 3,5 milhões de compensações ambientais (dinheiro de empresas que causaram danos ao ambiente)

Criado em 1937, mais de 50 anos após o primeiro parque norte-americano – Yellowstone, de 1875 -, o Itatiaia surgiu na era Vargas. Dois anos mais tarde foi a vez do Iguaçu. Embora o turismo ecológico seja um dos que mais cresçam no Brasil, ainda há uma longa trilha para a exploração dessas áreas. O exemplo vem da Costa Rica, país com o tamanho da Paraíba, relativamente perto dos EUA, onde 23 parques geram US$ 6 milhões de bilheteria anualmente, e o turismo movimenta US$ 1,5 bilhão.

“Os parques brasileiros estão, na sua grande maioria, abandonados”, afirma Maria Tereza Jorge Pádua, consultora da RPPN – Reserva Particular do Patrimônio Natural do Sesc Pantanal. (Folha Online)