Gasoduto na Amazônia reduzirá custos de geração de energia, informa Eletrobrás

A entrada em operação do gasoduto Urucu-Manaus, em março de 2008, possibilitará a redução em quase US$ 4 bilhões por ano dos atuais custos embutidos nas contas de luz dos consumidores brasileiros, relativos à chamada Conta de Consumo de Combustíveis dos Sistemas Isolados (CC-Isol). Em 20 anos, segundo a Eletrobrás, essa redução poderá chegar a dezenas de bilhões de dólares.

Nesta quinta-feira (01), a empresa assinará dois contratos para o fornecimento de 5,5 milhões de metros cúbicos por dia de gás natural, por um período de 20 anos, para ampliar a oferta de energia elétrica no estado do Amazonas, via gasoduto Urucu-Manaus. As obras de construção do gasoduto serão inauguradas amanhã pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Os dois contratos serão assinados nas áreas de produção e distribuição. O primeiro, entre a Petrobras e a Companhia de Gás do Amazonas, e o de distribuição, com a concessionária Manaus Energia e a Cigás.

Atualmente, Manaus faz parte do Sistema Isolado de energia e é suprida por geração de energia elétrica à base de combustível líquido, derivado de petróleo. O custo desse combustível é de quase R$ 2 bilhões por ano e cairá para R$ 600 milhões.

As informações da Eletrobrás indicam ainda que o contrato para o fornecimento do gás natural para Manaus corresponderá à produção de 1.000 MW (megawatts) firmes, energia suficiente para atender a uma população de mais de 2 milhões de habitantes até 2010 – quando a cidade estiver integrada ao Sistema Interligado Nacional. (Nielmar de Oliveira/ Agência Brasil)