– Este tipo de despejo tóxico legal é completamente injusto. A sua assinatura pelos Governos das Filipinas e do Japão é criminosa – afirmou o diretor de campanhas do Greenpeace para o Sudeste Asiático, Von Hernandez. – Onde está a dignidade? Talvez sejamos um país pobre, mas não podemos estar tão desesperados – acrescenta o dirigente da entidade.
Segundo o Greenpeace, o Acordo de Associação Econômica Japão-Filipinas permite a exportação de uma gama sem precedentes de resíduos perigosos, inclusive os destinados apenas à eliminação. A lista inclui substâncias cuja entrada no país tinha sido proibida ou regulada pelo Ministério de Meio Ambiente e Recursos Naturais.
O grupo pede em seu comunicado ao Senado que rejeite o documento. Apesar de ser um acordo executivo, ele viola outros pactos multilaterais e bilaterais assinados pelas Filipinas. A mensagem também aconselha ao Senado filipino a adesão à Rede de Ação de Basiléia (BAN), uma emenda ao Convênio de Basiléia sobre o controle do transporte internacional dos resíduos perigosos que impede o comércio de todo tipo de resíduos tóxicos, inclusive para reciclagem. Filipinas e Japão assinaram o Convênio, mas ainda não aderiram à emenda.
– A exportação de lixo tóxico é totalmente inaceitável. A postura predatória do Japão mostra sinais de imperialismo tóxico. Este acordo de comércio tóxico deve ser rescindido – disse Hernandez.
(Fonte: EFE/ JB Online)