As populações de Abunã e Mutum-Paraná, em Rondônia, têm mais 15 dias para apresentar sugestões que ajudem o Ibama – Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis a avaliar os impactos da construção de hidrelétricas no Rio Madeira no trecho entre Porto Velho e Abunã.
Para o debate, estão marcadas audiências públicas nas duas cidades, até esta quinta-feira (30). Só depois disso é que o Ibama decidirá se acata ou não as reivindicações das populações atingidas pelas barragens.
A construção das usinas de Santo Antônio e Jirau envolve questões polêmicas, já que não há estudos que revelem o real impacto sobre a bacia do Madeira, que se estende pelos territórios brasileiro, boliviano e peruano. A Bolívia, por exemplo, contesta a construção, pois teme a inundação de grandes áreas de seu território.
Outra questão é levantada pelo professor da Universidade de Rondônia e doutor em planejamento, Arthur Moret. Ele quer saber quem vai consumir os quase 6,5 mil megawatts de energia produzidas pelas usinas e quem vai pagar os custos da obra. (Radiobrás)