A Índia não está interessada em assinar nenhum acordo global que limite as emissões, entretanto, está disposta a tomar atitudes voluntárias nas áreas de eficiência energética e redução das emissões. Em vez de um acordo internacional obrigatório, o país propõe que haja um consenso maior sobre a cooperação global no desenvolvimento do potencial hidrológico e fontes renováveis como os painéis fotovoltaicos.
Para a Índia, o assunto tem conseqüências mais sérias, já que medidas de eficiência energética implicam fortemente no crescimento econômico da nação como um país em desenvolvimento. Um grupo interministerial, formado por representantes dos ministérios do poder, relações internacionais, meio ambiente e da agência de eficiência energética, concordou que a Índia somente consideraria cooperação voluntária, e não haveria questionamento sobre entrar em um acordo compulsório.
O grupo acredita que hoje qualquer acordo neste assunto seria prematuro e que é preciso mais discussões na área de eficiência energética. O consumo residencial de eletricidade indiano é muito baixo atualmente. De acordo com estatísticas da Agência Internacional de Energia, a média anual per capita foi de 612,5 kwh nos anos de 2004/05, enquanto que na Austrália chegou a 11.126 kwh, nos EUA, 13.338 kwh e no Brasil, 1.955 kwh.
Sob estas condições, a Índia trabalha para aumentar os padrões para uma média mundial aceitável. Um acordo compulsório poderia descarrilar a política energética, que pretende elevar o consumo para 1.000 kwh. Ao invés disso, o país quer impressionar os países desenvolvidos que precisam cooperar para promover maior eficiência na conversão tecnológica de biomassa que tem o potencial de abalar o uso dos combustíveis fósseis.
Como uma economia em crescimento que trabalha para aumentar sua produção e uso elétrico, o governo está firme na escolha de promover melhores práticas na área de eficiência energética. No entanto, quando a assunto é escolha tecnológica, por razões óbvias, a Índia irá adotar um modelo com os menores custos. O país deixa claro que todos os passos plausíveis na área serão tomados como parte de um esforço para lidar com a situação presente de escassez de energia. (The Economic Times/ CarbonoBrasil)