O governo segue com o argumento de que o plantio de cana não serve para a Amazônia e que as plantações existentes na região devem ser consideradas “casos isolados ou residuais”. Garcia e Jank afirmaram que a expansão da cana-de-açúcar nada tem haver com o desmatamento, pois o maior responsável seria o setor madeireiro.
Para o físico e ambientalista Délcio Rodrigues, da Vitae Civilis, porém, a monocultura da cana-de-açúcar traz danos para a saúde pública, segurança alimentar e biodiversidade. Algumas cidades no estado de São Paulo, por exemplo, como Sertãozinho, apresentam quase que 80% da área cultivável apenas para a cana-de-açúcar.
O Programa Brasileiro de Certificação de Biocombustíveis está sendo desenvolvido pelo Inmetro, com ampla participação de órgãos do governo, entidades de P&D, produtores e exportadores de biocombustíveis, especialmente de etanol.
O programa visa, principalmente, apoiar as exportações brasileiras de biocombustíveis, através de um processo de certificação, voluntário e internacionalmente reconhecido, que demonstre os aspectos da qualidade do produto, como conteúdo energético e impurezas, além dos aspectos de sustentabilidade ambiental e social ligados à sua produção.
Embora o evento tenha sido organizado por um órgão do governo, ligado ao Mdic – Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio e tenha como objetivo discutir e colher sugestões para o programa, o Ministério do Meio Ambiente não foi convidado. O painel contou com a participação de órgãos governamentais, do setor produtivo e da sociedade civil organizada. (Amazônia.org)