Igualmente orientada para a ampliação do comércio e dos investimentos bilaterais, a visita será acompanhada por representantes de cerca de 50 companhias brasileiras, que participarão da reunião do Comitê Empresarial Brasil-México na manhã de segunda-feira.
“A visita ao México estará centrada no que é possível, no que podemos desenvolver agora”, resumiu o embaixador Gonçalo Mourão, diretor do Departamento do México, América Central e Caribe do Itamaraty. “Estamos em um exercício intenso de aproximação com o México”, completou.
O acordo na área de energia refletirá o interesse de ambas as companhias petroleiras na exploração em águas profundas no Golfo do México e em terceiros países. No segmento dos biocombustíveis, o México mostra-se aberto a toda cooperação brasileira para o desenvolvimento de seus canaviais e a instalação de usinas de etanol.
No âmbito comercial, a negociação de um acordo de livre comércio entre o Brasil e o México foi descartada da agenda bilateral, devido a “resistências mexicanas”. Ambos os países devem se ater à ampliação do acordo de preferências tarifárias de 2002, o ACE 53, que envolve apenas 800 itens.
“No momento, o livre comércio não é tema. Isso não significa que não queremos o livre comércio com o México. Significa apenas que a ampliação do ACE 53 é mais importante, urgente e possível no momento”, afirmou Mourão. “O México continua a ser uma presença sempre bem-vinda na integração latino-americana”, desconversou o embaixador, ao ser questionado sobre os obstáculos ao ingresso do país no Mercosul.
Empresariado – Segundo o ministro Henrique Sardinha, diretor do Departamento de Promoção Comercial do Itamaraty, cerca de 25 dos empresários reunidos no México deverão seguir o presidente Lula em seu roteiro por Honduras, Nicarágua, Jamaica e Panamá, entre os dias 7 e 10 de agosto.
Além da cooperação técnica e em áreas de saúde, o biocombustível será o tema recorrente nesse trajeto. Na Jamaica, a Coimex deverá inaugurar sua segunda usina de desidratação de álcool, em parceria com empresas locais. A produção é voltada para o mercado americano. No Panamá, o interesse está voltado para as licitações para a ampliação do canal – obra de US$ 5,5 bilhões. (Estadão Online)