O CEBDS – Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável anunciou nesta quarta-feira (19), na sede da Petrobras, os vencedores do 3º Prêmio CEBDS de Desenvolvimento Sustentável. O Prêmio CEBDS, que tem apoio da Petrobras e do Sebrae, chega à terceira edição com recorde de inscritos: 285 trabalhos contra 150 em 2005 e 66 na primeira versão do prêmio, criado em 2004. A premiação foi de R$ 10 mil para cada uma das categorias: ONG, Pequena Empresa, Mídia, Setor Acadêmico e Administração Pública. Dois projetos apoiados pela Petrobras no âmbito do Programa Petrobras Fome Zero estão entre os premiados: Projeto Rede de Cooperativas de Catadores/Agentes Ecológicos do Estado da Bahia (Rede Catabahia) e Projeto Municipal de Coleta Seletiva Solidária da Prefeitura de Mesquita.
“O objetivo do 3º Prêmio CEBDS foi incentivar o desenvolvimento de atividades economicamente viáveis, ambientalmente responsáveis e socialmente justas, reunindo soluções criativas, inovadoras e muitas vezes simples, de fácil implementação e com potencial de replicação para realidades semelhantes. Venceram aqueles que melhor conseguiram integrar as dimensões social, econômica e ambiental”, afirmou o presidente executivo do CEBDS, Fernando Almeida.
“O comprometimento com o desenvolvimento sustentável está presente de forma destacada no Plano Estratégico da Petrobras, que considera fundamental associar a busca pela lucratividade às práticas de responsabilidade social e ambiental. Por isso, consideramos importante o apoio a iniciativas como o 3º Prêmio CEBDS, que estimula a difusão da sustentabilidade nas atividades cotidianas e em todas as esferas da sociedade”, disse o gerente de Responsabilidade Social da Petrobras, Luis Fernando Maia Nery.
Foram os seguintes os vencedores do 3º Prêmio CEBDS de Desenvolvimento Sustentável:
– Melhor trabalho na categoria Administração Pública – Projeto Municipal de Coleta Seletiva Solidária da Prefeitura de Mesquita, Rio de Janeiro. Resumo: A Secretaria de Meio Ambiente de Mesquita procurou envolver e sensibilizar a população da necessidade de separar o lixo reciclável, valorizando a figura do catador, gerando emprego e renda para a população que sobrevive da atividade, ampliando a percepção da comunidade quanto à importância ambiental, reduzindo o volume de lixo enviado para aterros e agregando valor ao lixo reciclável.
– Melhor trabalho na categoria Mídia – Reportagem da revista Época “Isto pode acontecer? O impacto do aquecimento global no Brasil”, da jornalista Juliana Arini
Resumo: A reportagem faz uma avaliação minuciosa das conseqüências do aquecimento global no Brasil sem esquecer as dimensões econômica e social, utilizando imagens, mapas e representações gráficas para ilustrar as previsões e ouvindo especialistas com imparcialidade e objetividade em uma linguagem fácil e acessível.
– Prêmio Especial para a categoria Mídia – Jornalista André Trigueiro, pela matéria “Compras Sustentáveis” e pelo conjunto da sua obra à frente do revolucionário e inovador programa Cidades e Soluções, veiculado pela Globonews.
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Melhor trabalho na categoria ONG – Projeto Comunitário de Mulheres na Amazônia. Resumo: É desenvolvido há oito anos pela Associação Vida Verde da Amazônia (Avive), uma entidade não governamental, sem fins lucrativos do município de Silves – AM. O projeto promove uma alternativa econômica para a comunidade local via extração sustentável de óleos vegetais e aromáticos. A atividade inclui o estudo, aprimoração e implantação de técnicas e métodos de manejo florestal não-madeireiro de espécies nativas, medicinais e aromáticas, desenvolvendo atividades de educação ambiental e produção de mudas para reposição florestal em uma região onde a atividade extrativista predatória é uma constante à biodiversidade.
– Prêmio Especial para a categoria ONG – Projeto Rede de Cooperativas de Catadores/Agentes Ecológicos do Estado da Bahia – Rede Catabahia . Resumo: Desenvolvido pelo Pangea Centro de Estudos Sócio-Ambientais, com apoio da Petrobras, dentro do Programa Petrobras Fome Zero, o projeto forma, organiza e fortalece sete cooperativas de dez municípios do estado da Bahia, coletando e comercializando resíduos em escala, aumentando o rendimento médio do cooperado e aumentando a consciência ambiental da população.
– Melhor trabalho na categoria Pequena Empresa – Fábrica de frutas nativas do cerrado FrutaSã Indústria, Comércio e Exportação Ltda, no município de Carolina (MA). Resumo: Fundada em 1995 pela Associação Wyty-Catë, a fábrica é uma sociedade limitada de interesse público formada pelas Comunidades Timbira do Maranhão e Tocantins e o Centro de Trabalho Indigenista, uma das primeiras empresas indígenas do Brasil. As frutas são compradas das pequenas comunidades e aldeias que recebem a visita da equipe da fábrica. Os resíduos sólidos provenientes do beneficiamento das frutas são aproveitados pelo Viveiro Central, também localizado em Carolina – MA, que, em parceria com a Associação Agroextrativista de Pequenos Agricultores de Carolina, chegou a produzir e distribuir 30 mil mudas no último ano.
– Melhor trabalho na categoria Setor Acadêmico – “Síntese que organiza o olhar: Uma proposta para a construção e representação de indicadores de desenvolvimento sustentável e sua aplicação para os municípios fluminenses”, apresentado à escola Nacional de Ciências Estatísticas como parte dos requisitos necessários para a obtenção do título de mestre em estudos populacionais e pesquisas sociais. Resumo: O trabalho se propôs a responder à pergunta “Como medir o Desenvolvimento Sustentável?”. Seu autor sugere a construção de sistemas de indicadores que não consideram somente a geração de riqueza (dimensão econômica), mas também as condições de apropriação da riqueza gerada (dimensão social) e as relações entre a sociedade e a natureza (dimensão ambiental). A construção desses indicadores propõe uma representação que alia gráficos e resultados gerando estatísticas para os 91 municípios estudados.
– Prêmio especial para o Setor Acadêmico – Projeto Ecohouse 2002 da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Resumo: O trabalho se destacou pela inovação na adequação de uma residência já existente, tendo como resultado a otimização da demanda de energia elétrica e de água potável, a correção de problemas de conforto ambiental com a utilização de técnicas como ventilação cruzada, reuso de água da chuva e de esgoto domiciliar tratado.
– Prêmio Hours Concours – Para o cientista norte-americano Philip Martin Fearnside do Inpa – Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, por sua corajosa trajetória em defesa da Floresta Amazônica.
Mais informações sobre os trabalhos vencedores podem ser obtidas no site www.cebds.org (Fonte: Petrobras)